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Estado de Minas

Am�rica Latina n�o deve contar com sua ind�stria para se libertar da China


postado em 31/08/2011 11:18 / atualizado em 31/08/2011 11:25

A Am�rica Latina n�o pode esperar que seu setor industrial ajude a regi�o a se libertar da crescente depend�ncia comercial com a China, advertem especialistas.

Na �ltima d�cada, as exporta��es da regi�o para a China se multiplicaram por 18: de 5 bilh�es de d�lares em 2000 para 91 bilh�es em 2010, um crescimento anual de 34%, em m�dia.

� a taxa de crescimento mais alta de uma regi�o em rela��o � China em todo o mundo, destaca Mauricio C�rdenas, diretor do programa sobre a Am�rica Latina no Instituto Brookings de Washington.

"� essencialmente uma mat�ria-prima por pa�s, o que � bastante surpreendente", explicou C�rdenas em um recente debate sobre as perspectivas da regi�o e China a m�dio prazo.

A Argentina com a soja, o Chile com o cobre, o Brasil com outros min�rios marcam a tend�ncia, mas alguns especialistas afirmam que a partir de 2015, quando a China alcan�ar cerca de 15 mil d�lares per capita, esta sede de produtos prim�rios come�ar� a reduzir.

"A t�o louvada 'nova classe m�dia' no Brasil � um resultado direto da demanda de mat�rias-primas na China", chegou a indicar esta semana uma nota de an�lise da empresa Nomura.

"A regi�o tem que estar preparada para buscar fontes alternativas de crescimento e com�rcio", j� que os pa�ses industrializados n�o parecem prontos a curto prazo a retomar o ritmo desenfreado do gigante asi�tico, indica um relat�rio assinado por Mauricio C�rdenas e Adriana Kluger.

Mas a import�ncia do setor manufatureiro industrial no Brasil caiu 3 pontos percentuais em rela��o ao PIB, de 16% para 13%, nos �ltimos cinco anos. A m�dia da queda em outros pa�ses, como a Col�mbia, � de 2%.

A regi�o n�o est� aproveitando a for�a das mat�rias-primas para reinvestir, mas est� seguindo uma tend�ncia inquietante j� apresentada pelos pa�ses industriais h� duas d�cadas: instalar suas pr�prias f�bricas na China, como j� o fez a gigante brasileira da aeron�utica Embraer.

"Frente � China, � �ndia e ao resto da �sia, n�o acredito que a regi�o tenha uma oportunidade de se converter em um grande exportador de produtos manufaturados. Acredito que esta janela se fechou com poucas exce��es", estima Mauricio Mesquita, economista especialista em temas comerciais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

"A tend�ncia a longo prazo para criar empregos no Brasil n�o ser� o setor manufatureiro. O �nico lugar � o setor de servi�os", afirma Gary Hufbauer, especialista do Instituto Peterson de Economia Internacional.

A tenta��o � seguir investindo no setor de mat�rias-primas, adverte Otaviano Canuto, vice-presidente do Banco Mundial e chefe do projeto de redu��o da pobreza.

"� mais f�cil ser mais competitivo em alta tecnologia na �rea de recursos naturais do que no setor manufatureiro", explicou Canuto em outro debate sobre a Am�rica Latina e a China no centro de an�lises Di�logo Interamericano.

A �ndia apostou no setor de servi�os para escapar da implac�vel concorr�ncia industrial de seu vizinho, mas neste setor "a m� not�cia � que precisamos ser mais competitivos", acrescentou Canuto, em refer�ncia � Am�rica Latina.

A Am�rica Latina precisa aproveitar o atual "boom" de receitas, de altas taxas de crescimento e de pol�tica fiscal prudente para estimular o investimento em pesquisa, tecnologia e educa��o, e completar aquelas �reas de infraestrutura que precisam de investimentos, sugerem C�rdenas e Kluger.


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