Em linha com o discurso do ministro da Fazenda, Guido Mantega, o Banco Central (BC) afirma na ata da �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), divulgada na manh� desta qinta-feira, que est� em curso um processo de consolida��o fiscal no Brasil. Sem citar medidas espec�ficas, o BC fala em "revis�o" do cen�rio para a pol�tica fiscal, que tornou o balan�o de riscos para a infla��o mais favor�vel.
Antes da reuni�o do Copom, o ministro Mantega anunciou um aumento de R$ 10 bilh�es no super�vit prim�rio das contas do setor p�blico em 2011. Esse aumento do super�vit ser� garantido gra�as, no entanto, � eleva��o da arrecada��o. O super�vit prim�rio � a economia do governo para o pagamento dos juros da d�vida p�blica.
"Cabe enfatizar que, desde o in�cio deste ano, importantes decis�es foram tomadas e executadas, e refor�am a vis�o de que est� em curso um processo de consolida��o fiscal. A esse respeito, na avalia��o do Comit�, a recente revis�o do cen�rio para a pol�tica fiscal torna o balan�o de riscos para a infla��o mais favor�vel", diz a ata.
Proje��o da infla��o
Apesar de reduzir a taxa b�sica de juros da economia (Selic), o Banco Central projeta uma infla��o maior em 2011. Para o ano que vem, no entanto, as proje��es de infla��o recuaram e est�o hoje "ao redor" do centro da meta, de 4,5%, tanto para o
O cen�rio de refer�ncia leva em conta as hip�teses de manuten��o da taxa de c�mbio em R$ 1,60 e da taxa Selic em 12,50% ao ano em todo o horizonte relevante. Neste cen�rio, a proje��o para a infla��o de 2011 se elevou em rela��o ao valor considerado na reuni�o do Copom de julho e se encontra acima do valor central de 4,5%.
No cen�rio de mercado, que leva em conta as trajet�rias de c�mbio e de juros coletadas pelo BC junto a analistas de mercado no per�odo imediatamente anterior � reuni�o do Copom, a proje��o de infla��o para 2011 tamb�m se elevou e se encontra acima do valor central da meta para a infla��o. Para o primeiro semestre de 2013, a proje��o de infla��o recuou no cen�rio de refer�ncia e permaneceu est�vel no cen�rio de mercado, nos dois casos posicionando-se ao redor do valor central da meta.