Esmagado pelas press�es externa e dos milhares de populares dentro do pr�prio pa�s, o primeiro ministro da Gr�cia, George Papandreou, anunciou ontem a cria��o de um imposto sobre o setor imobili�rio, na tentativa de ampliar as receitas e equilibrar o deficit p�blico. O ministro das Finan�as, Evangelos Venizelos, adiantou que a nova taxa��o ser� recolhida por meio das contas de energia el�trica. “� um imposto especial sobre o setor imobili�rio.” A expectativa � de que a tarifa renda cerca de 2 bilh�es de euros aos cofres gregos.
Ser�o cobrados, em m�dia, 4 euros por metro quadrado, variando de 50 centavos nas zonas mais pobres at� 10 euros nas �reas mais ricas do pa�s. Al�m disso, os pol�ticos e altos funcion�rios renunciar�o a um pagamento mensal de seus sal�rios. As medidas surgem como resposta aos rumores que tomaram conta dos mercados, durante a semana passada, de que as
Em confer�ncia na cidade grega de Tessal�nica, Papandreou aproveitou para rebater as cr�ticas ao governo e desqualificou as avalia��es de que o pa�s poderia deixar a Zona do Euro e retornar ao dracma, padr�o monet�rio anterior. “Esses cen�rios n�o s�o s�rios. Uma sa�da do euro criaria um efeito domin� que levaria � dissolu��o do bloco”, avaliou.
A an�lise, publicada primeiro em reportagem na revista alem� Der Spiegel, foi reiterada pelo
presidente do partido da Uni�o Social-Crist� da Baviera, Horst Seehofer. A legenda faz parte da coaliz�o de centro-direita da chanceler alem�, Angela Merkel. Seehofer afirmou que a Gr�cia precisa cumprir as condi��es exigidas pela UE e pelo FMI em troca de novos empr�stimos. “Se os gregos n�o tiverem sucesso, apesar de todos os seus esfor�os, a� n�o se pode descartar isso (a sa�da do pa�s do bloco)”, ponderou. Em artigo publicado em um jornal alem�o, o ministro da Economia do pa�s, Philipp Roesler, engrossou o coro de press�es sobre Merkel e destacou que um calote grego n�o pode mais ser considerado um tabu. “Para estabilizar o euro, n�o pode mais haver nenhum tabu. Isso inclui, se necess�rio, uma morat�ria ordenada da Gr�cia, se os instrumentos necess�rios estiverem dispon�veis”, defendeu.
Empenhado em controlar a crise econ�mica, Papandreou voltou a dizer que o governo est� disposto a evitar a bancarrota grega e descartou a realiza��o de novas elei��es. “Este n�o � o momento para novas elei��es e sim para batalhar. Esta situa��o � similar a estar em uma guerra e eu estou pedindo ao povo grego dinheiro para comprar armas”, completou.