O consumidor est� pagando juros menores sobre as opera��es de cr�dito desde agosto, mas a redu��o ainda n�o embute o impacto do corte de 0,50 ponto porcentual da Selic no �ltimo dia 31, de 12,50% para 12,00% ao ano, segundo pesquisa divulgada hoje pela Associa��o Nacional de Executivos de Finan�as, Administra��o e Contabilidade (Anefac). A taxa m�dia de juros nas linhas de financiamento da pessoa f�sica caiu de 6,84% ao m�s (121,21% ao ano) em julho para 6,75% ao m�s (118,99% ao ano) em agosto, voltando ao n�vel de agosto de 2010. Para a pessoa jur�dica, a taxa m�dia mensal fechou agosto em 3,99% ao m�s (59,92% ao ano), ante 4,05% ao m�s (61,03% ao ano) em julho e 3,82% ao m�s (56 81% ao ano) em agosto do ano passado.
De acordo com o presidente da Anefac, Miguel de Oliveira, a diminui��o foi influenciada pela redu��o da taxa de juro futuro, que incorporava a expectativa do mercado de que o Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), do Banco Central (BC), iria parar de elevar juros em sua reuni�o de agosto e os cortes come�ariam s� em outubro. Com este cen�rio, diz Oliveira, as institui��es financeiras anteciparam a redu��o nas taxas de financiamentos.
"Nesta pesquisa n�o tem o impacto da Selic. Ela se refere a todo o m�s de agosto e o corte da Selic ocorreu apenas no dia 31. Ningu�m esperava a redu��o j� em agosto. Mas como � o juro futuro que determina as taxas dos bancos, o mercado resolveu antecipar o corte", explicou Oliveira.
De acordo com a pesquisa da Anefac, de junho para julho as opera��es de cr�dito cresceram 1,1%. De maio para junho, o crescimento tinha sido de 1,67%. De abril para maio, a expans�o havia sido de 1,72% e, de mar�o para abril, de 1,83%. De fevereiro para mar�o, o aumento havia sido menor, de 1,26%, mas de janeiro para fevereiro havia crescido 2,01%, segundo n�meros fornecidos pelo presidente da Anefac � Ag�ncia Estado.
Ainda de acordo com Oliveira, a redu��o dos juros come�ou mesmo ap�s todas as medidas restritivas implementadas em dezembro pelo BC para reduzir a demanda interna e combater a infla��o, como a eleva��o dos dep�sitos compuls�rios, o aumento da exig�ncia de capital para opera��o de cr�dito a pessoas f�sicas com prazos superiores a 24 meses e o aumento de exig�ncia de capital das institui��es financeiras nas opera��es de cr�dito consignado feitas atrav�s do cart�o de cr�dito com prazos superiores a 36 meses.
IPC-Fipe
As taxas de juros para a pessoa f�sica em agosto, de acordo com a pesquisa da Anefac, caminharam na contram�o da infla��o medida no per�odo pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor (IPC) da Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas (Fipe). Enquanto a infla��o subiu 0,09 ponto porcentual, de 0,30% para 0,39%, os juros do com�rcio, por exemplo, ca�ram 0,10 ponto, de 5,70% em julho para 5,60% em agosto. A taxa do cheque especial caiu 0,02 ponto porcentual, de 8,27% para 8,25%.
Na mesma compara��o, a taxa incidente sobre as opera��es de Cr�dito Direto ao Consumidor (CDC) nos bancos caiu de 2,37% para 2,29%. O empr�stimo pessoal caiu de 4,63% para 4,58% e o empr�stimo pessoal das financeiras caiu de 9,34% em julho para 9 11%. A �nica taxa que se manteve foi a do cart�o de cr�dito: 10 69%.
Para a pessoa f�sica, a taxa de juro sobre capital de giro fechou agosto em 2,95%, ante 3,07% em julho. O juro cobrado sobre as opera��es de descontos de duplicatas caiu 0,05 ponto porcentual, de 3,18% em julho para 3,13% em agosto, enquanto a taxa cheque especial recuou 0,02 ponto, de 5,90% para 5,88%.