O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse nesta segunda-feira que as economias maduras devem coordenar esfor�os para controlar a crise de d�vida soberana, a fim de evitar que a economia global entre em um processo de severa desacelera��o. "O cen�rio econ�mico � extremamente complexo e, se n�o fizermos alguma coisa, ir� se deteriorar ainda mais nos pr�ximos meses", disse Tombini em confer�ncia de bancos centrais de pa�ses de l�ngua portuguesa.
Segundo Tombini, o ambiente internacional problem�tico atingiu o crescimento das economias emergentes. "Estamos claramente na segunda fase da crise financeira que come�ou em 2008", acrescentou. "Isso criou desafios para as economias emergentes, com os quais tentamos lidar rapidamente". Tombini participa da 21ª reuni�o de governadores de bancos centrais de pa�ses de l�ngua portuguesa, que � preparat�ria para a assembleia do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que ser� realizada entre 20 e 25 de setembro, nos EUA.
Seca de caitais
O presidente do BC, Alexandre Tombini, afirmou nesta segunda-feira que o Brasil est� preparado para uma interrup��o dos fluxos de capitais no caso de um aprofundamento da crise global. "Estamos preparados para uma parada dos fluxos. � um cen�rio com que n�o gostar�amos de lidar, mas estamos preparados", disse Tombini, que est� em Lisboa, onde participa da 21ª reuni�o de governadores de bancos centrais de pa�ses de l�ngua portuguesa. O evento serve como uma etapa preparat�ria para a assembleia do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que ser� realizada entre 20 e 25 de setembro, nos EUA.
Durante o encontro, Tombini tamb�m falou sobre a posi��o brasileira adotada dentro do G-20 no debate a respeito do gerenciamento do fluxo de capitais. O G-20 formou dois grupos de discuss�o sobre medidas a serem tomadas em rela��o � crise, e o Brasil faz parte da coordena��o do grupo sobre o gerenciamento de fluxos de capitais.
"O Brasil tem tido atua��o de destaque em coordena��o com outros pa�ses. Em particular, contrapondo-se �s posi��es de alguns membros em favor da ado��o de guidelines ou c�digos de conduta sobre respostas de pol�ticas direcionadas a atenuar ou lidar com o impacto do fluxo de capitais", observou o presidente do BC brasileiro.
Tombini afirmou ainda que a aprecia��o do d�lar teve consequ�ncias nas remessas de divisas no Brasil. "Em rela��o aos fluxos, v�rias empresas exportadoras trouxeram seus recursos de fora do Pa�s. Antes da crise, t�nhamos 35% de investimentos e 65% de capitais mais vol�teis. Agora estamos numa situa��o em que temos fluxos de 65% de investimentos e 35% de capitais mais vol�teis".