O mercado de c�mbio continuar� inst�vel por pelo menos um a dois anos, estimou nesta ter�a-feira o economista Alcides Leite, professor da Trevisan Escola de Neg�cios. Ele justificou que esse � o per�odo necess�rio para que tanto os Estados Unidos quanto os pa�ses europeus possam aprovar as medidas para equalizar problemas advindos de d�vidas e do d�ficit p�blico.
Ele prev�, no entanto, que a valoriza��o da moeda norte-americana em rela��o ao real tende a diminuir. Isso porque, na sua opini�o, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, vai continuar injetando recursos para sustentar o crescimento da economia. Com mais d�lares circulando no mundo, haver� queda na cota��o.
“Se a situa��o piora l� [na Europa], os investidores dos pa�ses desenvolvidos levam de volta os seus recursos porque precisam dele l�”, observou. Al�m disso, existe o receio de perdas diante das incertezas dos neg�cios em bolsas de valores, provocando uma fuga moment�nea. Leite acredita que, mesmo com a decis�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) de reduzir a taxa b�sica de juros, a Selic, o Brasil deve manter a atratividade dos investidores estrangeiros porque a rentabilidade ainda � uma das maiores do mundo.
O diretor executivo da NGO Corretora de C�mbio, Sidnei Moura Nehme, tamb�m avalia a valoriza��o do d�lar como algo moment�neo. “Essa eleva��o do d�lar � pontual”, disse. Para ele, as sinaliza��es est�o ancoradas no movimento dos contratos de c�mbio dos exportadores e importadores.