A aus�ncia de um mapeamento nacional e de dados sobre a participa��o da economia criativa no Produto Interno Bruto (PIB) dificultam a elabora��o de pol�ticas p�blicas para o setor. A avalia��o � de especialistas que participaram hoje de semin�rio sobre perspectivas dos servi�os criativos no Brasil, organizado pela Funda��o Getulio Vargas (FGV).
Segundo o superintendente de Comunica��o e Divulga��o do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), Claudio Concei��o, os estados do Rio de Janeiro e de S�o Paulo t�m feito pesquisas sobre o tema, mas ainda faltam informa��es que permitam, por exemplo, a compara��o do desenvolvimento da economia criativa entre os estados e do Brasil em rela��o aos demais pa�ses.
Para a economista e consultora Lidia Goldenstein, o setor n�o deve ser visto apenas como um instrumento de inclus�o social. Essa, assinalou, � uma ideia ultrapassada. Com expans�o m�dia de 14% ao ano entre 2002 e 2008, segundo a ag�ncia das Na��es Unidas (ONU) para o Com�rcio e Desenvolvimento (Unctad), e respons�vel por movimentar cerca de R$ 7 bilh�es anualmente, a economia criativa tem muitas possibilidades de emprego, enfatizou Lidia.
"As pesquisas ainda precisam conversar entre si, mas j� temos uma no��o do impacto dessa economia: s�o segmentos que geram tanto emprego quanto setores tradicionais", disse a economista. Entre eles, Lidia cita o design, "principal arma de diferencia��o e competitividade" entre as empresas, e a moda.
Durante o semin�rio, o secret�rio estadual de Fazenda do Rio, Renato Villela, confirmou que faltam dados sobre os neg�cios criativos. Isso, acrescentou, dificulta o esfor�o de "dinamizar as atividades do ramo" com planos de crescimento. Sem indicadores, ressaltou, o Poder P�blico n�o tem seguran�a para investir.
O munic�pio do Rio de Janeiro encomendou um levantamento sobre 185 categorias de 12 setores da economia criativa, entre softwares, artes visuais e produ��o audiovisual. O trabalho ser� conclu�do at� novembro. Al�m de mapear a gera��o de emprego e renda, ele servir� para qualificar a capital fluminense como "plataforma de marketing", segundo a ag�ncia municipal Rio Neg�cios.
"Identificaremos os players e as vantagens competitivas da cidade", disse o diretor-executivo da ag�ncia, Marcelo Haddad. O fato de o Rio estar no calend�rio dos principais eventos mundiais, a partir de 2012, d� visibilidade e marketing para as marcas e empresa que se instalam ou desenvolvem projetos na cidade, completou Haddad.