A eleva��o do d�lar, que atingiu 17% em uma semana, traz o risco de endividamento das empresas, disse nesta quinta-feira o administrador Armando Fonseca, presidente da Associa��o de Ex-Alunos do Instituto de P�s-Gradua��o e Pesquisa em Administra��o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppead/UFRJ).
“As empresas se acostumaram com o d�lar baixo, muitas se alavancaram e fizeram investimentos dolarizados. N�o h� economia que suporte, em uma semana, uma puxada de d�lar”, disse Fonseca � Ag�ncia Brasil. Ele acredita que para as empresas que adquiriram bens de capital com o d�lar a R$ 1,50 ou R$ 1,60 n�o vai ser f�cil “fechar a conta”.
“Seria uma medida desastrosa [o controle do c�mbio]. � o pior dos cen�rios, porque quebra a confian�a dos investidores”. A sa�da, apontou, ser� o Banco Central usar suas reservas e vender moedas para for�ar uma redu��o da taxa de c�mbio.
Fonseca ressaltou que o mercado j� vinha trabalhando com a expectativa de fechar o ano com o d�lar at� R$ 1,80. Mas avaliou que, se a cota��o da moeda atingir R$ 2 ou superar esse valor, “a coisa foge de controle total”. Para ele, o Banco Central tem que trabalhar para evitar que o d�lar ultrapasse o patamar de R$ 2 e haja fuga de capital para investimento. As empresas favorecidas com o aumento do d�lar s�o, principalmente, as exportadoras de commodities agr�colas e de minera��o, que ganham com a taxa de c�mbio mais alta.