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Estado de Minas

Alta do d�lar aumenta concorr�ncia entre carros nacionais e importados

Moeda americana recua a R$ 1,83 e fecha a semana em queda de mais de 5%. Mas ind�stria nacional deseja que cota��o retorne ao patamar de R$ 1,90 para aumentar competitividade


postado em 24/09/2011 06:00 / atualizado em 24/09/2011 07:12

No �ltimo dia de preg�o, o d�lar inverteu a curva ascendente que predominou durante toda a semana e fechou cotado a R$ 1,83, queda de 3,48% frente � barreira de R$ 1,90, atingida na quinta-feira. Apesar da forte queda, a moeda americana acumula valoriza��o de 5,5% nos �ltimos cinco dias. Enquanto viajantes e importadores comemoram, a ind�stria nacional torce que o patamar de R$ 1,90 volte a ser alcan�ado. S� assim, poder�o aumentar a competitividade e entrar com for�a total na briga por mais espa�o no mercado interno, especialmente de olho no Natal.

Apesar de muitas encomendas j� terem sido feitas, grandes setores como o de eletroeletr�nicos que negociam por meio de cr�dito, com pagamentos futuros, podem ter de elevar os pre�os dos importados para compensar a varia��o do c�mbio. Um outro aspecto � que os varejistas que estudavam complementar estoques com produtos importados poder�o rever a estrat�gia ou reduzir as encomendas.

Os efeitos da desvaloriza��o do real t�m reflexo positivo na ind�stria nacional, que considera o patamar entre R$ 1,90 e R$ 2,20 favor�vel � atividade. "Com a valoriza��o do d�lar, alguns setores v�o sentir o impacto, ganhando competitividade com os importados, como por exemplo eletroeletr�nicos, brinquedos e confec��es", apontou Lincoln Fernandes, presidente do Conselho de Pol�tica Econ�mica da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).

Em Minas, a desvaloriza��o do real anima segmentos como o de confec��es que vem enfrentando disputa bastante dura principalmente com os tigres asi�ticos. Segundo o presidente do Sindicato da Ind�stria de Vestu�rio de Minas Gerais (Sindvest), Michel Aburachid, a diferen�a entre a roupa importada e a fabricada no Brasil chega a 35%. No entanto, o horizonte agora est� menos nebuloso, e a tend�ncia � que a dist�ncia entre o produto que vem de navio e o fabricado por aqui fique mais curta.

Com o d�lar a R$ 1,90, o vestu�rio importado deve encarecer cerca de 25% na avalia��o do empres�rio. "O produto nacional fica bem mais competitivo, podendo superar a diferen�a restante ganhando na rapidez da entrega e nos lan�amentos", afirma Aburachid. Para ele, se o c�mbio se mantiver em alta, o consumidor brasileiro deve comprar roupa nova nacional para as festas de fim de ano.

Custos

Apesar de ter a expertise para desenvolver produtos de alta tecnologia, a manufatura do setor de eletroeletr�nicos � dependente dos importados que comp�em cerca de 38% dos custos. Mesmo assim, a alta do d�lar esquenta a disputa. Roberto Souza Pinto, presidente do Sindicato das Ind�strias de Aparelhos El�tricos Eletr�nicos e Similares do Vale da Eletr�nica (Sindivel), aponta que no patamar de R$ 1,55 os produtos nacionais custam de 28% at� 32% a mais que os aparelhos importados acabados, que chegam aqui prontos para ganhar as prateleiras do varejo.

Segundo ele, pa�ses como a China contam com incentivos, al�m de produzirem a mat�ria-prima. "Com o d�lar a R$ 1,90, conseguimos equiparar os pre�os e em alguns casos ficar at� mais baratos", pondera. Na an�lise do Sindivel, o impacto positivo pode chegar j� no Natal, porque grandes contratos geralmente n�o utilizam o pagamento � vista, mas sim o cr�dito. "Ser� preciso elevar os pre�os para cumprir com os compromissos pactuados em reais", observa Roberto.

Grande setor nacional que perde espa�o para os importados, o setor cal�adista acredita que um suave efeito do c�mbio em alta poder� ser sentido nas compras natalinas. Luiz Barcelos, diretor financeiro da f�brica de cal�ados Luiza Barcelos, estima alta de pelo menos 15% nos sapatos que chegam aqui, vindos do outro lado do mundo. Barcelos acredita que a decis�o de repor o estoque com produtos asi�ticos deve ser revista.


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