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Estado de Minas

Recess�o coloca setor de minera��o em xeque

Crise derruba commodities e preocupa empres�rios do setor, que preveem investimentos de US$ 68,5 bi no pa�s at� 2015


postado em 25/09/2011 07:29

O temor de uma recess�o global bate �s portas da ind�stria da minera��o, que seguia desconhecendo a crise e empenhada num programa audacioso de investimentos no Brasil e em Minas Gerais, estado respons�vel por cerca de metade da produ��o mineral brasileira, estimada num recorde de US$ 50 bilh�es neste ano. Os riscos da nova turbul�ncia ficaram claros numa semana marcada pelo desabamento nas bolsas de valores de Londres a Nova York e a queda indesej�vel dos pre�os em d�lar do rent�vel min�rio de ferro, do n�quel, cobre e at� do ouro, ativo at� ent�o indiferente aos momentos de instabilidade da economia mundial.

Cientes de que n�o vai se perpetuar o ciclo vigoroso de alta dos pre�os das chamados commodities minerais, produtos com pre�os cotados no mercado internacional, as empresas do setor ainda contam com um cen�rio de cota��es valorizadas por mais tr�s anos, no entanto passaram a acompanhar dia a dia os sobressaltos nos mercados financeiro e de c�mbio. Atento aos rumos da crise na Europa e nos Estados Unidos, o presidente do Instituto Brasileiro de Minera��o (Ibram), Paulo Camillo Vargas Penna, diz que o vendaval � preocupante e vai al�m de uma discuss�o envolvendo o desempenho de uma ou outra companhia.

“A responsabilidade da ind�stria cresce porque tendem a cair as exporta��es dos produtos manufaturados do Brasil e o pa�s acaba ficando dependente das commodities minerais e agr�colas”, afirma. Para se ter ideia do que essa depend�ncia representa, o min�rio de ferro cotado acima de US$ 150 por tonelada j� participa com mais de 80% da balan�a de com�rcio da minera��o brasileira. Na �ltima semana, os pre�os dessa vedete entre as mat�rias-primas industriais desceram de US$ 180 para US$ 175 por tonelada. N�quel, cobre, petr�leo e ouro tamb�m amargaram perdas, de 8%, 6%, 1% e 6%, respectivamente, at� sexta-feira.

As quedas das cota��es indicam que vem recess�o por a� e nem mesmo o min�rio de ferro vai escapar, observa Pedro Galdi, analista chefe da SLW Corretora. “O cen�rio est� mudando muito, ainda n�o est� claro. Pode ser que caminhe para o c�u ou o inferno”, compara. Ancorada em proje��es firmes de crescimento econ�mico, sobretudo da China, a ind�stria da minera��o prev� investimentos recordes de US$ 68,5 bilh�es no Brasil, deste ano at� 2015, dos quais mais de um ter�o (36,6%), ou seja, US$ 25,061 bilh�es, ser�o destinados a Minas Gerais, conforme estimativas do Ibram.

Trata-se de um volume de recursos sem precedentes na hist�ria da minera��o, notadamente na ind�stria do ferro, impulsionada pelo apetite industrial da China e o enorme processo de urbaniza��o do gigante asi�tico, destaca Jos� Fernando Coura, presidente do Sindicato da Ind�stria Extrativa de Minas (Sindiextra). “N�o h� nenhum sinal de que a crise na Europa e nos Estados Unidos vai inibir os investimentos no Brasil, mas a turbul�ncia, de fato, preocupa, porque aumentam os excedentes de produ��o na Europa”, afirma. Paulo Vargas Penna, do Ibram, pondera que a despeito do ambiente de crise as previs�es de crescimento da China tra�adas pelo Fundo Monet�rio Internacional (FMI) est�o mantidas em 9,9% neste ano, refletindo um grande processo de urbaniza��o em curso.

EM FOCO A demanda mundial de minerais e os desafios da ind�stria da minera��o ser�o discutidos de amanh� a quinta-feira, dia 29, na 14ª edi��o da Exposi��o Internacional de Minera��o (Exposibram) e no Congresso Brasileiro de Minera��o, no centro de conven��es Expominas, em Belo Horizonte. S�o 70 empresas participantes, 390 expositores de 23 pa�ses, incluindo a China com dois pavilh�es, e mais de 2 mil profissionais esperados para os debates. O Ibram ainda estima 45 mil visitantes.


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