
Se for depender do n�mero de leitos, os turistas v�o estar bem servidos: a previs�o do Comit� Executivo da Copa em BH � que sejam constru�dos 37 hot�is at� 2014, com 9 mil novos quartos. Ao todo, ser�o 18 mil quartos at� o Mundial, o dobro do dispon�vel hoje. A grande preocupa��o dos profissionais do setor, no entanto, � a seguinte: onde conseguir profissionais para trabalhar nos novos empreendimentos?
Os hot�is de Belo Horizonte empregam hoje cerca de 2,5 mil profissionais. O segmento de hotelaria vai abrir cerca de 2 mil vagas de emprego at� o Mundial, segundo a Associa��o Brasileira da Ind�stria de Hot�is em Minas Gerais (ABIH-MG). “N�o corremos o risco de faltar leitos, mas profissionais sim. J� est� faltando”, afirma Rafaela Fagundes Vale, presidente da ABIH.
Os cozinheiros devem estar entre os profissionais mais disputados na hotelaria, seguidos das recepcionistas bilingues. “O tempo de forma��o desse profissional � grande. Demora cerca de seis meses para o auxiliar de cozinha, quase dois anos para o cozinheiro e cerca de cinco anos para o chef”, observa Silvania Capanema, vice-presidente da ABIH.
Qualifica��o
Stella Keinrath, diretora de promo��o tur�stica da Belotur e respons�vel pelo turismo de atra��o de investimento do Comit� Executivo Municipal, chama a aten��o para a qualifica��o. “Muitos profissionais migraram para a constru��o civil. � preciso que sejam realizados treinamentos da m�o de obra nova e requalifica��o da antiga”, afirma.
O Servi�o Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) de BH vai lan�ar neste ano os cursos de etiqueta internacional e ingl�s aplicado ao turismo. Nos cursos de recepcionista de meios de hospedagem, camareira e culin�ria internacional, a demanda tamb�m � crescente. Apesar do aumento da procura pela qualifica��o, os baixos sal�rios oferecidos pelo segmento hoteleiro ainda s�o barreiras. “O sal�rio pago para as recepcionistas, por exemplo, � incompat�vel com profissionais que falam dois ou tr�s idiomas”, observa Silvania, da ABIH.
Como os rendimentos da hotelaria s�o baixos, os estudantes ficam de olho nos cargos com sal�rios mais altos. “Na cozinha, todo mundo quer ser chef”, afirma Cidinha Lamounier, instrutora e respons�vel pela cozinha do restaurante escola do Senac. Rafael da Rocha, de 26 anos, come�ou o curso de cozinheiro no Senac em mar�o deste ano. Depois de um m�s, conseguiu emprego como auxiliar de cozinha no hotel Ouro Minas. H� pouco tempo, foi promovido a cozinheiro. O sal�rio dobrou. “E j� recebi propostas de outros hot�is e restaurantes. H� vagas”, afirma Rocha. Adolpho Lucas Rocha Maia, de 18, iniciou o curso de gar�om no Senac. “Quero trabalhar em hotel, pois � melhor para o curr�culo. E � uma �rea que tende a crescer, devido � Copa do Mundo”, diz.