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Estado de Minas

Banco Central promete juros mais baixos contra arrocho

De costas para as previs�es de analistas e para o risco de alta da infla��o, presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, promete novos cortes para reduzir o arrocho


postado em 28/09/2011 06:00 / atualizado em 28/09/2011 06:01

Não fomos surpreendidos, tudo o que ocorreu está na conta. O cenário que desenhamos na última reunião do Copom vem se concretizando - Alexandre Tombini, presidente do BC(foto: Paulo de Araújo/CB/D.A Press)
N�o fomos surpreendidos, tudo o que ocorreu est� na conta. O cen�rio que desenhamos na �ltima reuni�o do Copom vem se concretizando - Alexandre Tombini, presidente do BC (foto: Paulo de Ara�jo/CB/D.A Press)
Mesmo com os analistas apostando no fracasso do Banco Central e que o ano terminar� com infla��o acima da meta de 6,5%, o presidente da institui��o, Alexandre Tombini, deixou claro que vai contrariar o mercado e dar� continuidade aos cortes na taxa b�sica de juros (Selic). A presidente da Rep�blica, Dilma Rousseff, e sua equipe econ�mica est�o convencidos de que o mudo vai crescer menos e que uma taxa de 12% ao ano, sobretudo nesse cen�rio, � extremamente alta. Assim, um ajuste mais ousado j� � cogitado pelo governo. Entre os especialistas, as apostas variam de um recuo de 1 ponto percentual a 1,5.

Durante audi�ncia p�blica na Comiss�o de Assuntos Econ�micos do Senado, o presidente do BC tentou preparar o mercado para o que est� por vir. Explicou que cortou os juros na �ltima reuni�o do Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom), em 31 de agosto, devido � deteriora��o global e argumentou que a economia brasileira est� suficientemente apertada sem nem mesmo ter sentido os efeitos totais do aumento, na Selic, de 1,75 ponto percentual promovido at� julho. Ainda segundo ele, a infla��o mensal est� em n�veis compat�veis com a meta de infla��o e “s�o claros os sinais de modera��o do consumo”. Todo esse cen�rio, de acordo com integrantes do governo, justifica uma pol�tica monet�ria mais frouxa.

“N�o fomos surpreendidos, tudo o que ocorreu est� na conta. O cen�rio que desenhamos na �ltima reuni�o do Copom vem se concretizando”, afirmou. “N�o temos bola de cristal para prever um acidente de percurso, como o que ocorreu em 2008 (quebra do Lehman Brothers), mas temos capacidade de avalia��o”, disse Tombini. O presidente do BC, entretanto, evitou falar em cat�strofe, mas ficou claro que ele espera um desfecho para a crise da d�vida grega para breve “A situa��o � s�ria, o mundo vai crescer menos que se previu”, alertou. No mercado de juros futuros, as apostas s�o de mais cortes, pelo menos mais um recuo de 1 ponto percentual na pr�xima reuni�o ou mais dois ajustes de 0,50 ponto percentual em outubro e novembro.

Pessimismo

Ainda para justificar a postura de afrouxamento monet�rio, Tombini se mostrou bastante pessimista em rela��o ao endividamento p�blico das principais na��es do globo. Com proje��es do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), observou que at� 2016, seis de 10 pa�ses v�o elevar suas d�vidas expressivamente. No caso do Jap�o, essa expans�o vai ser de 20,3 pontos percentuais. No da Espanha, 10 pontos. O presidente do BC ainda criticou a a��o de outros bancos centrais. “O baixo crescimento nas economias maduras levou os BCs a adotar pol�ticas monet�rias expansionistas, as quais n�o foram eficazes em restabelecer um crescimento sustent�vel nessas economias”, afirmou. “As crises de d�vida demoram para se resolver. O crescimento da economia � que resolve”, disse.

A expans�o mundial tamb�m foi alvo do pessimismo de Tombini. Segundo ele, as economias mais maduras est�o fr�geis e sem espa�o para ampliar gastos fiscais ou impulsionar a atividade por meio de a��es monet�rias. “Foram esgotados todos os instrumentos convencionais”, criticou. De acordo com ele, j� se fala em contra��o na Europa no 4º trimestre de 2011 e tamb�m nos Estados Unidos no 1º trimestre de 2012. “Hoje vemos uma virada preocupante em rela��o � perspectiva econ�mica, e o Brasil n�o est� isolado. Est� havendo revis�o para baixo das perspectivas, incluindo a� a China, o que � uma novidade”, ponderou.

Tombini, ainda durante audi�ncia no Senado, chamou a aten��o para os bancos europeus. Disse que, com o aumento do risco soberano dos pa�ses, a avalia��o das institui��es financeiras tamb�m piorou, j� que esses bancos est�o bastante expostos a t�tulos dessas na��es. Como consequ�ncia, os banqueiros est�o enfrentando dificuldades para captar recursos e pagando altos custos quando o fazem. Est�o sofrendo ainda desvaloriza��es expressivas de suas a��es nas bolsas e o medo � que, nesse cen�rio, semelhante ao de 2008, um banco de grande porte venha a quebrar e disseminar preju�zos por todo o sistema financeiro global.

 

 

Perda de US$ 10 trilh�es
Sem not�cias concretas sobre o desfecho para a crise da Zona do Euro, investidores resolveram se apegar � esperan�a de que as autoridades europeias encontrar�o uma solu��o para a d�vida da Gr�cia. Nessa ter�a-feira, o Ibovespa, que reflete a varia��o das a��es mais negociadas na Bolsa de Valores de S�o Paulo (BM&FBovespa), ficou positivo pelo segundo dia seguido. Depois de subir 2,32% ao longo do preg�o, o �ndice fechou com ligeira alta, de 0,32%, aos 53.920 pontos, e n�o conseguiu acompanhar o Dow Jones, da Bolsa de Nova York, que subiu 1,33%, nem os �ndices europeus — o preg�o de Paris, por exemplo, saltou 5,74%. Apesar da melhora, o sobe-e-desce dos mercados por conta da crise internacional levaram a uma perda aproximada de US$ 10 trilh�es em ativos das empresas listas nas bolsas nos �ltimos quatro meses, disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.


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