BC v� chance alta de recess�o em pa�ses desenvolvidos

O diretor de Pol�tica Econ�mica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Ara�jo, afirmou nesta quinta-feira que existe "possibilidade elevada de que ocorra recess�o em economias maduras". A afirma��o foi feita hoje, durante a entrevista � imprensa ap�s a divulga��o do Relat�rio Trimestral de Infla��o do BC. "No �mbito externo, o nosso cen�rio contempla substancial redu��o no ritmo da atividade econ�mica global", afirmou.

Ara�jo repetiu a avalia��o de que o baixo crescimento da economia global deve se estender "por um per�odo mais prolongado que o previsto no ultimo relat�rio". Uma das consequ�ncias desse menor ritmo da economia global � observada sobre a din�mica de pre�os das commodities (mat�rias-primas).

Ele citou como exemplo o �ndice de Commodities do Banco Central (IC-Br), que registrou no ano passado aumento de 35,4% e, em 2011, conforme dados preliminares, a eleva��o acumula patamar entre 5% e 6% at� setembro, j� com o efeito da deprecia��o cambial. "O que mostra uma din�mica relativamente benigna dos pre�os das commodities".

O diretor destacou logo no in�cio da entrevista que o BC tem tratado da infla��o e da perspectiva de "desinfla��o" - ou seja, infla��o menor que a observada no passado. Segundo ele, o conceito � diferente de "defla��o" - que mostra contra��o dos pre�os.

O diretor de pol�tica econ�mica do Banco Central ressaltou que o cen�rio de trabalho da institui��o contempla modera��o da atividade dom�stica, com ritmo menos intenso que o observado no primeiro semestre. "O que torna o balan�o de riscos para a infla��o mais favor�vel", acrescentou.

Entre os fatores que tornam o ambiente mais favor�vel, Ara�jo destaca que "emergiram sinais de modera��o" no mercado de trabalho. Citou ainda recuo no uso da capacidade instalada da economia e tamb�m redu��o do descompasso entre a demanda e a oferta. "Sobre a infla��o ao produtor, temos observado alguma modera��o", completou.