A crise internacional ser� resolvida com decis�es pol�ticas, e n�o econ�micas, afirmou o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Ele criticou a falta de atitude das lideran�as europeias para combater os problemas na regi�o. "N�o d� para a crise ser tratada do jeito que est� sendo", disse hoje, em palestra durante evento da revista brit�nica The Economist, em Londres.
O ex-presidente afirmou que essa foi a li��o aprendida com sua experi�ncia, pois nasceu, passou a inf�ncia, adolesc�ncia, vida sindical e campanha eleitoral em meio a crises. Segundo ele, quando a crise era no Brasil, o Fundo Monet�rio Internacional (FMI) "tinha todas as solu��es", e o Banco Mundial dava "todos os palpites" quando era a Col�mbia que estava com problemas.
Lula tamb�m acredita que a solu��o dos problemas atuais passa pelo aumento do n�mero de consumidores europeus, como ocorreu com o Brasil ao longo de seus dois mandatos.
Segundo o ex-presidente, o sistema financeiro "n�o pode achar que � dono do mundo", e o mercado "n�o tem solu��o para todos os problemas". Os participantes do mercado continuam recebendo b�nus e se "acham g�nios", afirmou. "N�o podemos ter um sistema financeiro que funcione na mentira", afirmou.
Impostos
Se algu�m tiver de pagar mais impostos no exterior como resultado da crise, que sejam os ricos, afirmou Lula, questionado sobre a potencial participa��o dos mais abastados na atual turbul�ncia, diante da taxa��o discutida nos Estados Unidos, Espanha e Fran�a.
Ainda assim, Lula disse que tem d�vidas sobre a efic�cia da eleva��o de impostos, pois acredita que a crise n�o � resultado da falta de recursos, mas sim da falta de responsabilidade.
O ex-presidente encerra hoje a agenda internacional que incluiu Washington (EUA), Paris (Fran�a), Gdanski (Pol�nia) e Londres (Inglaterra). Ele conversou rapidamente com a imprensa ao sair do evento da The Economist e voltar� na tarde de hoje ao Brasil.