As reservas internacionais de todos os bancos centrais do mundo ultrapassaram no final de junho deste ano o patamar de US$ 10 trilh�es pela primeira vez na hist�ria, informou ontem o Fundo Monet�rio Internacional (FMI). O d�lar manteve a sua posi��o de moeda de reserva mundial, mas os bancos centrais de pa�ses emergentes v�m reduzindo gradualmente suas aplica��es em ativos denominados na moeda americana e no euro em raz�o dos problemas fiscais da maior economia global e da crise da d�vida da zona do euro.
De acordo com o relat�rio trimestral Composi��o de Moedas das Reservas Cambiais Oficiais (Cofer) do FMI, as reservas dos pa�ses emergentes somaram US$ 6,84 trilh�es ao final do segundo trimestre, enquanto a dos pa�ses ricos atingiram US$ 3,23 trilh�es. A China � o pa�s com o maior volume de reservas: US$ 3 2 trilh�es. Em segundo lugar vem o Jap�o, com reservas de US$ 1 1 trilh�o. O Brasil detinha reservas de US$ 349,98 bilh�es no dia 29 deste m�s.
"O d�lar n�o deve perder o t�tulo de moeda de reserva mundial no curto ou m�dio prazos, mas a diversifica��o de meio ponto ou um ponto porcentual a cada seis meses na aloca��o das reservas de bancos centrais de pa�ses emergentes � muito significativo em termos do fluxo di�rio do mercado de c�mbio, o que causa um impacto forte nas cota��es", disse � Ag�ncia Estado o estrategista de c�mbio da corretora Nomura Securities em Nova York, Anish Abuwala. "A busca pelo iene japon�s, especialmente pelos BCs da �sia, se deve ao ambiente de baixa infla��o e economia est�vel do Jap�o, o que favorece a fun��o de manuten��o de valor de uma moeda".
Os BCs de pa�ses emergentes alocaram 58,14% das suas reservas no primeiro trimestre de 2010 em ativos denominados em d�lar e 29 4% no euro, enquanto apenas 1,87% do valor total estava aplicado no iene japon�s e 0,05% no franco su��o. J� no segundo trimestre deste ano, a participa��o do d�lar no valor total das reservas de BCs emergentes caiu para 56,6% e a do euro caiu para 28,6%. Por outro lado, o iene quase que dobrou a sua participa��o, com uma fatia de 3,18% das reservas dos pa�ses emergentes e o franco su��o passou para 0,09%.
Ao se levar em conta as reservas totais de US$ 10,08 trilh�es, a participa��o do d�lar � de 60,2%, enquanto a do euro � de 26,7%. As reservas totais tamb�m cresceram num ritmo menor no segundo trimestre, pois eram de US$ 9,7 trilh�es ao final de mar�o deste ano e de US$ 9,25 trilh�es ao final de dezembro de 2010.
Abuwala ressalta que desde junho, portanto ap�s o �ltimo dado dispon�vel pelo FMI, a compra de euros pelos bancos centrais de pa�ses emergentes para compor suas reservas caiu bastante e o acumulo de reservas totais reduziu-se drasticamente neste m�s, uma vez que os pa�ses emergentes t�m sofrido com sa�da de capital estrangeiro, o que j� tem colocado press�o de desvaloriza��o de suas moedas. Esses BCs emergentes t�m comprado em quantidade significativa de moedas como o d�lar canadense e o d�lar australiano.