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Estado de Minas

Juro real entre 2% e 3% cria risco de infla��o, diz ex-ministro da Fazenda


postado em 04/10/2011 13:45

O ex-ministro da Fazenda e s�cio da Tend�ncias Consultoria Integrada, Ma�lson da N�brega, disse hoje que dificilmente o Brasil chegar� a uma taxa de juros real de 2% a 3% nos pr�ximos tr�s anos sem criar grandes riscos inflacion�rios. Ma�lson, que participou do evento Business Round Up - Perspectivas 2012, realizado pela C�mara Americana de Com�rcio (Amcham), em S�o Paulo, fez essa afirma��o ao ser confrontado com uma declara��o dada ontem pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que a taxa de juros real ideal para o Brasil seria de 2% a 3%.

"Eu tor�o para que o ministro esteja certo, porque a taxa de juros real que deveria prevalecer no Brasil s�o as do mundo rico", disse Ma�lson, ponderando que a quest�o � saber se o Pa�s j� criou as condi��es para tanto. "Eu acredito que n�o. A taxa de juros de equil�brio no Brasil, aquela que permite explorar todo o potencial de crescimento do Pa�s e preservar a estabilidade de pre�os, � muito mais alta do que essa."

O ex-ministro adverte para o fato de que ningu�m sabe qual � esse n�mero. Essa taxa, de acordo com ele, tem de ser buscada por testes, tentativas e erros, mas a experi�ncia brasileira mostrou que, a partir de certo patamar, diminui-la � muito complicado, seja pelo que gera de press�o inflacion�ria, seja pelo que exige de mudan�as dif�ceis, como a desindexa��o da caderneta de poupan�a.

"A gente viu que, quando a taxa de juros chegou a 8,75% ao ano, houve uma forte migra��o de recursos da renda fixa para a caderneta de poupan�a, sinalizando que, abaixo disso, come�a a complicar", afirmou. De acordo com ele, o Brasil ainda n�o tomou as medidas fiscais adequadas e previs�veis de longo prazo que justifiquem uma taxa de juros real de 2% a 3%.

Ma�lson disse tamb�m discordar do ministro Mantega, que acredita que a infla��o brasileira cair� em resposta � queda dos pre�os internacionais das commodities. "Esse n�o � o cen�rio mais prov�vel. N�s, da Tend�ncias, temos um segmento que estuda essa quest�o das commodities, e a vis�o geral � de que, a menos que ocorra um colapso da China, �ndia e em outras �reas da �sia, os pre�os das commodities v�o se acomodar num patamar mais baixo do que o que prevaleceu h� meses atr�s, mas muito mais alto do que h� tr�s ou quatro anos. Ou seja, n�s n�o vamos ter um cen�rio de commodities em queda, como a que se observou no quatro trimestre de 2008", disse.

De acordo com ele, o que est� sendo visto at� agora � um efeito inflacion�rio das commodities por que, mesmo quando h� quedas isoladas nos pre�os, a deprecia��o cambial mais do que compensou essas redu��es. "Se voc� olha o cen�rio, ele � de ajuste dos estoques, e n�o tem risco de aumento r�pido da produ��o que sinalize uma queda t�o expressiva, como o governo imagina, nos pre�os das commodities."


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