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Estado de Minas

No pa�s, reajuste das mensalidades escolares pode chegar a 15%

Associa��o promete estudo para ver se alta � abusiva


postado em 05/10/2011 06:00 / atualizado em 05/10/2011 07:38

Para Simone Della Vecchia, será preciso fazer cortes em outras áreas(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Para Simone Della Vecchia, ser� preciso fazer cortes em outras �reas (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Representantes dos pais da rede privada de ensino querem averiguar de perto o percentual de reajuste das escolas particulares estimado em 12% para o ano que vem. A Federa��o das Associa��es de Pais e Alunos do Estado de Minas Gerais (Faspa-MG) anunciou que vai lan�ar uma campanha para ressuscitar nas escolas privadas as esquecidas associa��es de pais, que tem como um de seus objetivos acompanhar a planilha de custos das institui��es. O presidente da entidade Nilo Teodoro informou ainda que o setor jur�dico da federa��o est� estudando a possibilidade de ingressar com a��o civil p�blica questionando o reajuste acima do custo de vida do pa�s. Em 12 meses, a infla��o brasileira acumula alta de 7,23%.

Nessa ter�a-feira, a Federa��o Nacional das Escolas Particulares (Fenep) estimou que o reajuste m�dio nacional da rede privada, tamb�m deve atingir 12%, podendo chegar a 15%. A estimativa para Minas Gerais foi calculada pelo Sindicato das Escolas Particulares do estado (Sinepe-MG). Levantamento do Mercado Mineiro mostra que nos �ltimos cinco anos, escolas de Belo Horizonte de ensino fundamental ficaram em m�dia 33% mais caras e o ensino m�dio, 36%. Nilo Teodoro aponta que o objetivo da a��o civil p�blica seria verificar se o reajuste n�o � abusivo. “� urgente reativar as associa��es dentro das escolas. Antes do percentual ser fixado os c�lculos devem ser apresentado previamente aos pais. As escolas particulares ganharam alunos nos �ltimos anos, mas o pre�o, ao contr�rio de cair, subiu muito.”

O presidente da Fenep, Benjamin Ribeiro, ressaltou que as escolas devem fechar seus c�lculos para o ano seguinte at� 15 de dezembro, o que eleva o risco de ter seu equil�brio financeiro abalado, com mudan�as na economia do pa�s. “Temos que fazer um exerc�cio de futurologia.” Segundo ele, a cada R$ 100 que as fam�lias pagam para a escola R$ 46,60 correspondem � carga tribut�ria. “Na composi��o dos custos este � o maior peso, mas h� ainda a folha de pagamento que fica com aproximadamente 35% da arrecada��o das escolas.” No pa�s s�o cerca de 9 milh�es de estudantes, entre o ensino infantil e m�dio.

Os tr�s filhos da cabeleireira Gildete Costa com idades entre 4 e 15 anos, s�o seu maior investimento. Para isto ela trabalha praticamente para pagar a escola. “Cerca de 90% do meu sal�rio vai para a educa��o.” Para ela 12% � um reajuste que vai pesar na infla��o das fam�lias. “� um �ndice alt�ssimo. A escola no Brasil j� � cara.” O advogado Rodrigo Amaral ficou surpreso com o percentual nacional: “Bem pesado.” Ele apontou ainda a carga tribut�ria do pa�s: “Pelo tanto de impostos que pagamos, a educa��o deveria ser p�blica e de qualidade”. A dentista Simone Della Vecchia diz que as fam�lias precisam ajustar os gastos e fazer cortes em outras �reas do consumo dom�stico. “A mensalidade pesa principalmente para quem tem mais de um filho na escola.”

Em BH, onde o valor da mensalidades para o ensino m�dio pode atingir R$ 1 mil, especialistas em direito do consumidor recomendam que a negocia��o com as institui��es precisa ser forte. “O desconto para mais de um filho deve ser diferenciado. ”, informa Maria In�s Dolci, coordenadora da Pro Teste.

 

Alimentos �o vil�es novamente

 

Seja em casa ou no restaurante, comer est� cada vez mais caro. A tr�s meses do fim do ano, a varia��o dos pre�os da alimenta��o esbarra no teto da meta inflacion�ria, somando alta de 6,29% no acumulado dos tr�s primeiros trimestres do ano. No geral, a infla��o atingiu varia��o de 5,84%, entre janeiro e setembro, enquanto o teto estabelecido pelo Banco Central para o ano � de 6,5%.

Os dados s�o do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pela Funda��o Ipead-UFMG e mostram que o conjunto aliment�cio voltou a pressionar o custo de vida em Belo Horizonte, crescendo mais que o dobro no comparativo com a m�dia geral. Frente a agosto, os pre�os gerais tiveram alta de 0,33%. No mesmo per�odo, a varia��o dos alimentos foi de 0,82%, alavancada principalmente pela alimenta��o fora de casa (1,51%). “A alimenta��o neste ano pesou bastante”, afirma o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento da Funda��o Ipead/ UFMG, Wanderley Ramalho. Ele considera a press�o exercida principalmente no primeiro semestre, com taxas acima da m�dia no per�odo da colheita, quando h� maior oferta de produtos.
 

 

 

 


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