A retra��o da economia internacional e a desacelera��o da produ��o brasileira permitir�o ao Banco Central (BC) continuar com cortes graduais dos juros b�sicos, disse hoje o presidente da institui��o, Alexandre Tombini. Ele reiterou que a infla��o pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) convergir� para o centro da meta, de 4,5%, em dezembro de 2012.
Durante a solenidade de lan�amento do novo sistema de busca de normas na p�gina da institui��o na internet, o presidente do BC declarou que a autoridade monet�ria dever� prosseguir com a redu��o da taxa Selic. “Olhando para a frente, nas atuais condi��es, o atual ajuste moderado dos juros � consistente com a converg�ncia da infla��o para o centro da meta no final de 2012”, destacou.
Para Tombini, a previs�o de menor crescimento da economia brasileira neste ano e as medidas de conten��o do cr�dito tomadas pelo Banco Central no fim do ano passado tamb�m ajudar�o a conter a infla��o. Segundo ele, a autoridade monet�ria est� cumprindo o objetivo de reduzir a atividade econ�mica em 2011. “J� v�amos em agosto sinais mais n�tidos do processo de modera��o. Em 2010, o PIB [Produto Interno Bruto] cresceu 7,5%. Em junho, [a expans�o] no acumulado de 12 meses estava em 4,7%. Na revis�o do Relat�rio de Infla��o [publicado na semana passada], a proje��o caiu para 3,5%”, declarou Tombini.
Sobre a alta do d�lar nas �ltimas semanas, o presidente do BC disse que o Brasil est� mais preparado para enfrentar mudan�as repentinas na conjuntura internacional. Ele assegurou que o BC est� pronto para mudar de rumos e agir caso detecte desequil�brios, como ocorreu com a retomada da venda de d�lares no mercado futuro e a interrup��o da compra da moeda norte-americana no mercado � vista.
Tombini, no entanto, advertiu que o BC deve intervir caso descubra que investidores estejam aproveitando a subida da moeda norte-americana para especular. “Onde houver problemas localizados e as coisas fugirem do movimento internacional do d�lar, asseguramos a entrada em a��o em mercados espec�ficos”.
Na avalia��o do presidente do BC, os R$ 420 bilh�es depositados pelas institui��es financeiras no BC como compuls�rio e os cerca de US$ 350 bilh�es em reservas internacionais oferecem um colch�o de liquidez (dinheiro que pode ser usado no curto prazo) para a economia brasileira. Ele assegurou que a autoridade monet�ria voltar� a comprar d�lares para ampliar as reservas assim que as condi��es de mercado permitirem.
“N�o abdicamos da pol�tica de acumula��o de reservas internacionais. Essa diferencia��o do pa�s permitiu ao Brasil transitar de forma tranquila pela crise internacional. Esse colch�o de liquidez vai continuar”, ressaltou.