O executivo tinha voca��o para popstar, mas as rea��es de macman�acos � morte de Steve Jobs lembravam mesmo movimentos religiosos. Quem tem um amigo viciado em iPhones, iPads e iPods sabe que o proselitismo religioso (quando o fiel se esfor�a por converter os que est�o � sua volta), inclusive, � marca dessa tribo. Para esse pessoal, que prestou homenagens nas lojas da marca da ma�� no mundo todo, as atitudes eram quase de gratid�o, pelas boas ideias do inventor de aparelhos que levaram a tecnologia para o dia a dia de muito gente.
Em uma das lojas iPlace de Belo Horizonte, em shopping no Bairro Lourdes, Regi�o Sul da capital, frases marcantes do fundador da companhia foram escritas por f�s em post-its coloridos. Do lado de dentro da loja, as luzes foram apagadas, para fazer brilhar os monitores dos computadores, que se

Se existisse um pante�o para os g�nios da inform�tica, Steve Jobs merecia ter um outro criado exclusivamente para abrig�-lo. E por um �nico motivo: conseguiu a fa�anha de juntar entretenimento e informa��o em algumas dezenas de cent�metros quadrados. O administrador de empresas Bruno Henrique Viana, de 28 anos, agradece todos os dias por isso. Do seu iPad, atualiza nas redes sociais os drinks, o card�pio e a programa��o cultural do restaurante em que trabalha na Savassi, Regi�o Sul de Belo Horizonte. “Na pr�tica, Jobs trouxe o computador pessoal para o nosso bolso. N�o h� nada mais simples, pr�tico e revolucion�rio”, diz.
Bruno comprou o primeiro aparelho idealizado por Jobs em 2006. Era um iPod Shuffle, um pequeno quadrado colorido exclusivo para se ouvir m�sica. J� apresentava inova��es de fazer babar qualquer toca-fitas. E nada a ver com a qualidade do som. O iPod � capaz de citar o nome da m�sica a ser ouvida, a lista a que pertence e o n�vel da bateria.
Depois, pulou para o iPhone e o iPad. Em ambos Bruno utiliza um programa criado pela Apple que possibilita conversa por voz de gra�a. Usa ainda outro software, tamb�m colocado no mercado pela empresa, que permite troca de mensagens sem custo algum. “Steve Jobs conseguiu criar produtos que nos fazem acreditar ser imposs�vel viver sem eles”, diz o administrador.
Para Bruno, o legado de Jobs j� tornou imposs�vel que a Apple deixe de continuar revolucionando o mercado. “� algo que vai seguir. Acho que a empresa pode dar uma balan�ada, pelo carisma que o cofundador da empresa tinha, mas n�o ser� o fim.”

Acad�mico
Na mesma linha, o bi�logo Daniel Cisalpino, de 29 anos, acredita que a m�o do mentor da Apple ainda poder� ser vista na empresa por um bom tempo. “N�o h� d�vida de que Jobs deixou ideias que ainda ser�o exploradas pela companhia”, afirma. � no trabalho que o bi�logo mais utiliza os produtos da Apple. E a natureza acabou se beneficiando disso. “Meus estudos j� me obrigaram a imprimir 50 p�ginas de artigos em um dia. Agora � tudo no iPad”, diz Daniel, que faz doutorado em microbiologia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Com o iPhone, Daniel j� chegou a fazer a apresenta��o de um trabalho, depois de constatar problema no laptop preparado para a ocasi�o. Steve Jobs n�o inventou a roda ou encontrou a cura de uma doen�a. Mas conseguiu resultado parecido. Tornou mais f�cil, a vida e sua manuten��o, pelo menos para muita gente.