A chefe do Departamento de Pol�ticas de Comunica��o do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), Ana Luiza Landim, disse que o apoio da institui��o ao RioMarket - o maior encontro do mercado de cinema e entretenimento da Am�rica Latina - se justifica porque essa parte de neg�cios est� ligada � miss�o do banco, que � o desenvolvimento. “O objetivo do BNDES � financiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do pa�s. O setor de cinema, por esse olhar do desenvolvimento, � tamb�m o nosso foco”.
O RioMarket come�a hoje, dentro do 13º Festival do Rio. A sess�o de abertura, para convidados, ocorreu ontem � noite, no Cine Odeon, na Cinel�ndia. O RioMarket inclui semin�rios, workshops e rodadas de neg�cios no Armaz�m 6 do Cais do Porto. As rodas de neg�cios reunir�o empresas estrangeiras de distribui��o e coprodu��o, al�m de exibidores, com o objetivo de comercializar conte�dos para filmes, televis�o e m�dias digitais.
O gerente de Patroc�nios do BNDES, Gabriel Canedo, explicou que “a ideia � por em contato produtores brasileiros e estrangeiros para avaliarem oportunidades de coprodu��o, um dos tipos de iniciativa que o BNDES financia". Outro objetivo � gerar a distribui��o para filmes brasileiros j� produzidos. "Quer dizer, gerar contratos de compra de um filme para distribui��o l� fora, ou exibi��o no exterior”.
Como parte do patroc�nio ao evento, est� prevista a concess�o, pelo BNDES, de 15 bolsas para estudantes universit�rios, para cursos de curta dura��o que ser�o ministrados por especialistas. Os semin�rios abordar�o temas de interesse do setor, como cinema digital, produ��o em terceira dimens�o (3D), pirataria, modelos de neg�cio. A programa��o do RioMarket pode ser acompanhada na internet, no endere�o www.riomarket.com.br.
O banco patrocina o Festival do Rio desde 2006, mas o apoio da institui��o ao cinema nacional foi iniciado em 1995, com o edital do cinema. “S� nos editais de cinema, j� foram mais de R$ 131 milh�es [desembolsados] para cerca de 347 filmes”, destacou a chefe do Departamento de Cultura, Entretenimento e Turismo (Decult) do BNDES, Luciane Gorgulho.
A tend�ncia, disse Luciane, � de continuidade do financiamento do BNDES aos segmentos ligados � cadeia produtiva da cultura, que engloba o audiovisual (cinema e televis�o), a cultura, os jogos eletr�nicos, o setor editorial, a m�sica, os espet�culos ao vivo. “O audiovisual est� bem organizado e tem conseguido acessar bastante o apoio do banco, seja para a produ��o de filmes, seja para a constru��o de novas salas de cinema. O setor de audiovisual tem conseguido fazer bons projetos”.
Para o audiovisual em especial, o banco apoia a produ��o, exibi��o e distribui��o a parte de salas de cinema. Na parte espec�fica da produ��o cinematogr�fica, o banco financia a produ��o de filmes com v�rios instrumentos (editais de cinema, Procult, fundos de investimento do mercado de capitais, dos quais o BNDES � um dos principais investidores). “N�s temos mais de R$ 250 milh�es comprometidos em Funcines para investimento em filmes”.
De acordo com dados fornecidos por Luciane Gorgulho, os desembolsos do banco para o audiovisual somaram R$ 165,230 milh�es entre 2005 e 2010. Entre 2007 e 2010, o BNDES contabilizou 25 projetos aprovados no setor, com financiamento de R$ 103,34 milh�es. Os projetos atendidos totalizaram investimentos de R$ 225,48 milh�es.
Na �rea do Procult, no segmento exibi��o, os empr�stimos do banco alcan�aram R$ 47,12 milh�es e viabilizaram a cria��o de 85 salas de cinema, no per�odo 2007/2011. No Procult anima��o, o apoio totalizou R$ 10,84 milh�es entre 2008 e 2010.