Gr�cia enfrenta novas passeatas e greve contra cortes

A Gr�cia enfrenta mais um dia de protestos hoje, com passeatas e greves contra os planos de cortes de gastos do governo. H� manifesta��es de professores, funcion�rios p�blicos municipais e empregados da maior refinaria do pa�s.

Em v�rios minist�rios no entorno de Atenas, funcion�rios p�blicos bloqueavam entradas, enquanto funcion�rios de administra��es locais ocuparam sedes de prefeituras e professores fizeram paralisa��es.

Grandes pilhas de lixo continuam a infestar as ruas de Atenas, pois funcion�rios municipais bloqueiam pela segunda semana a entrada para o principal lix�o da cidade e tamb�m dep�sitos onde ficam os caminh�es coletores de lixo.

Em jogo est� um plano do governo para cortar os sal�rios e pens�es do setor p�blico, que a Gr�cia prometeu em troca de mais ajuda financeira internacional. Nas pr�ximas duas ou tr�s semanas, o Parlamento grego deve votar novas medidas de austeridade, que tamb�m cortam 30 mil dos 700 mil funcion�rios p�blicos. Esses 30 mil funcion�rios devem ficar em uma for�a de trabalho especial, com sal�rios reduzidos. O plano tamb�m afeta trabalhadores de empresas com v�nculos estatais, como a principal refinaria do pa�s e tamb�m as companhias de tratamento de �gua em Atenas e Tessalonica, entre outras.

Na refinaria Hellenic Petroleum SA, funcion�rios fazem uma paralisa��o de 24 horas e amea�am ampliar a greve para os pr�ximos dias. A paralisa��o nas refinarias levou muitos motoristas aos postos, temendo a falta de combust�vel. H� not�cias de que alguns propriet�rios aproveitaram para subir os pre�os nos postos durante a noite.

Os protestos devem continuar. Na quinta-feira, os funcion�rios p�blicos do setor de sa�de e tamb�m guardas prisionais cruzar�o os bra�os, enquanto funcion�rios da receita, de bancos e alf�ndegas preparam protestos para a pr�xima semana. As duas principais centrais sindicais da Gr�cia - GSEE, do setor p�blico e Adedy, do privado - convocaram uma greve geral para o dia 19.

A Gr�cia anunciou mais cortes de gastos para garantir o recebimento de uma parcela de 8 bilh�es de euros da Uni�o Europeia e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Sem o dinheiro, o governo deve ficar com problemas de caixa em meados de novembro.