D�vida da Gr�cia � sustent�vel, diz chefe de inspetores

A d�vida p�blica da Gr�cia � sustent�vel, mas a capacidade do pa�s de lidar com ela tamb�m depende da a��o do governo em seu programa de reforma econ�mica, afirmou um alto funcion�rio da Comiss�o Europeia em entrevista ao jornal grego Kathimerini.

Matthias Mors, chefe da delega��o europeia do grupo de inspetores internacionais que monitora as reformas na Gr�cia, disse ao di�rio que as perspectivas para a d�vida grega n�o tiveram qualquer mudan�a fundamental nos �ltimos tr�s meses. A declara��o � feita apesar de o d�ficit previsto este ano para a Gr�cia ser mais de 1,5 bilh�o de euros superior � meta de 17,1 bilh�es de euros, gra�as � queda na receita com impostos e ao aumento nos gastos.

"Houve alguns atrasos na implementa��o de medidas de ajuste fiscal que n�s fechamos antes do ver�o (boreal), e como resultado o d�ficit � maior", disse Mors. "Com respeito � sustentabilidade da d�vida, diria que a situa��o n�o mudou fundamentalmente em compara��o com nossa an�lise de junho."

Em maio de 2010, a Gr�cia escapou por pouco de uma morat�ria com o aux�lio de um pacote de 110 bilh�es de euros da Uni�o Europeia e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Em troca, comprometeu-se a fazer reformas fiscais e econ�micas. Desde ent�o, o programa de reformas � monitorado por uma delega��o de auditores da Comiss�o Europeia, do FMI e do Banco Central Europeu (BCE), que visitam o pa�s a cada tr�s meses para monitorar a qualifica��o do pa�s para receber mais parcelas de ajuda. Na visita anterior, em junho, a chamada troica afirmou que a d�vida grega era gerenci�vel, apesar de estar perto de 160% do Produto Interno Bruto (PIB), o n�mero mais alto na zona do euro.

O pr�ximo relat�rio da comiss�o deve estar pronto em cerca de 10 dias. O documento ser� bastante estudado pelos ministros das Finan�as da zona do euro, para estes decidirem se mant�m uma nova reestrutura��o da d�vida do pa�s. Ap�s a �ltima visita da troica, a Gr�cia concordou em adotar mais 6 bilh�es de euros em medidas de austeridade este ano e no pr�ximo, para seu d�ficit voltar a estar dentro das metas para 2012.

Por�m Mors disse que mais medidas ser�o necess�rias para 2013 e 2014 para reduzir esse d�ficit. "O que n�s fechamos com as autoridades agora � mais 5 bilh�es de euros em medidas", disse Mors. "Nos pr�ximos seis meses, o governo precisa examinar as medidas que ser�o necess�rias para 2013 e 2014."