O Parlamento da Eslov�quia aprovou nessa quinta-feira o fortalecimento e a amplia��o do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF, na sigla em ingl�s), medida que havia sido rejeitada na ter�a-feira. Termina assim um per�odo de incertezas para a Zona do Euro, j� que a Eslov�quia era o �nico pa�s do grupo que faltava ratificar a amplia��o do EFSF.
A aprova��o da amplia��o do fundo, de 440 bilh�es para 780 bilh�es de euros, era essencial para dar mais condi��es de socorro a pa�ses em crise, como a Gr�cia. Ela precisava ser avalizada pelos 17 pa�ses da Zona do Euro, e a Eslov�quia – segundo pa�s mais pobre entre os que adotaram a moeda – era a �nica que ainda n�o tinha feito isso.
A medida aprovada vai dotar o fundo de resgate � Zona do Euro de maiores poderes. Criado em 2010 e ampliado neste ano, o fundo tempor�rio est� dotado de 780 bilh�es de euros em avais e garantias, embora sua capacidade efetiva de empr�stimo para socorrer pa�ses em dificuldades seja de apenas 440 bilh�es.
No fim de setembro, o comiss�rio para Assuntos Econ�micos e Monet�rios da Uni�o Europeia (UE), Olli Rehn, comentou o plano de aumento do fundo, mas n�o detalhou de quanto seria o refor�o. Temia-se que a Alemanha tamb�m rejeitasse a medida, mas Berlim aceitou aumentar a ajuda ainda em 29 de setembro.
O novo plano de resgate tamb�m prev� ajuda financeira aos bancos da Zona do Euro. Para que isso seja vi�vel, seria permitido que o Banco Central Europeu (BCE) facilitasse empr�stimos junto ao EFSF. O fundo assumiria o maior risco, o de emprestar aos pa�ses com dificuldades e, dessa forma, reduzir os riscos para o BCE. Analistas estimam que o fundo de resgate precisaria subir para ao menos 2 trilh�es de euros para proteger a It�lia e a Espanha, caso a crise se espalhe.
Alemanha
A economia da Alemanha sofrer� uma forte desacelera��o em 2012, segundo as previs�es dos principais institutos de estudos da conjuntura da maior economia europeia, mostrando o impacto da crise financeira em todo o continente. Segundo as estimativas atualizadas, o Produto Interno Bruto (PIB) alem�o crescer� somente 0,8% em 2012, ap�s avan�o de 2,9% previsto para este ano. A previs�o do PIB j� chegou a apontar avan�o de 3,6% para 2011 e 2% para 2012.
J� na Gr�cia, as duas principais centrais sindicais da Gr�cia ampliaram a dura��o de uma greve geral nacional marcada para o dia 19, em protesto contra medidas de austeridade do governo anunciadas para satisfazer os credores internacionais do pa�s. Inicialmente programada para durar 24 horas, a paralisa��o ser� de 48 horas, segundo as centrais.
G-20 Os ministros das Finan�as e presidentes de bancos centrais do G-20 se re�nem hoje e amanh�, em Paris, para preparar o encontro de c�pula de novembro, em Cannes. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, estar� presente. Nos �ltimos dias, os mercados internacionais criaram a expectativa de que as lideran�as do grupo poderiam definir um ponto de virada desta crise, com a��es coordenadas e contundentes, como ocorreu no encontro realizado em Londres, em abril de 2009. Na ocasi�o, a economia global recebeu est�mulo de US$ 1,1 trilh�o, incluindo um refor�o para o Fundo Monet�rio Internacional (FMI). Entretanto, depois de usar toda a artilharia, os governos ficaram sem muni��o, o que torna a solu��o mais dif�cil desta vez.