O ministro da Fazenda, Guido Mantega, alertou que os pa�ses emergentes j� come�aram a ser afetados pela crise da Europa. Ele citou a desacelera��o do crescimento da China e da Coreia do Sul al�m do encarecimento do cr�dito comercial em raz�o da situa��o de liquidez mais apertada do sistema financeiro internacional. Segundo o ministro, esse cen�rio ainda n�o se refere ao Brasil, que � menos dependente do cen�rio externo. "Mas, em algum momento, o Brasil poder� ser afetado", afirmou durante entrevista coletiva concedida em Paris, ao t�rmino da reuni�o ministerial do G-20.
FMI
O Brasil prop�s o refor�o do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) durante a reuni�o ministerial do G-20 realizada hoje em Paris, afirmou o ministro. Segundo ele, prevaleceu a avalia��o de que o fundo precisa estar preparado para enfrentar um eventual agravamento da crise externa, como diz o comunicado divulgado hoje.
A proposta brasileira defende o uso de acordos de cr�dito bilaterais para fortalecer o FMI, sem necessariamente a inje��o de dinheiro novo. O cr�dito ficaria � disposi��o e seria usado caso preciso. Atualmente, o fundo tem US$ 400 bilh�es. O refor�o do FMI estaria condicionado, conforme Mantega, �s medidas europeias para a solu��o da crise. "� preciso que os europeus primeiro resolvam seus problemas para depois entrarmos (via FMI)", disse. Segundo ele, o atual cen�rio de turbul�ncia tem de ser solucionado por meio de medidas vindas da Europa, como o fortalecimento do plano de resgate e a recapitaliza��o dos bancos.
O ministro da Fazenda voltou a dizer que est� confiante numa sa�da para a crise da zona do euro. "Existe uma luz no fim do t�nel". Ao ser questionado sobre a nova posi��o do Brasil em rela��o ao FMI, Mantega respondeu: "� mais confort�vel oferecer do que pedir cr�dito".
Controle
O ministro diz acreditar que o G-20 consolidou a avalia��o de que � correto impor controles de capital para combater as consequ�ncias causadas pelo excesso de fluxo - como fez o Brasil com diversas medidas. "As pr�ticas brasileiras s�o reconhecidas e podem ser adotadas por outros pa�ses", disse, em encontro com jornalistas ao t�rmino da reuni�o ministerial do G-20, em Paris. Segundo ele, isso d� liberdade aos pa�ses que se sentem incomodados pelos efeitos dos fluxos de capital. Prevalece o apoio ao sistema de c�mbio flutuante.
Mantega tamb�m afirmou que o G-20 est� dividido sobre a introdu��o de uma taxa sobre opera��es financeiras, como proposto pelos europeus. "� um ponto pol�mico, n�o se chegou a conclus�o", afirmou. "O Brasil j� tem o IOF, ent�o n�o vou dizer que somos contr�rios e reconhecemos que os bancos t�m de pagar tributos, pois s�o respons�veis pela confus�o criada em 2008".