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Estado de Minas

Freio na economia da China amea�a o desempenho brasileiro


postado em 16/10/2011 07:52 / atualizado em 16/10/2011 15:01

Exporta��es em queda, proje��es de desacelera��o na economia e um inesperado socorro a bancos. Os ind�cios de dificuldades na China, l�der em crescimento nas �ltimas tr�s d�cadas e principal parceiro comercial do Brasil, ampliaram as incertezas globais e amea�am abalar seriamente o desempenho brasileiro. Na avalia��o de especialistas ouvidos pelo Estado de Minas, a resist�ncia dom�stica aos efeitos da crise internacional depende cada vez mais dos indicadores chineses. O sinal amarelo acendeu nos gabinetes da equipe econ�mica, cujos membros mais not�veis j� mostraram publicamente os seus temores.

O ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, Fernando Pimentel, admitiu que o desaquecimento mundial afetar� a balan�a comercial do pa�s, bastante influenciada pelas compras chinesas de commodities (produtos b�sicos com cota��o internacional, como itens agr�colas e min�rios). Para ele, se o crescimento do drag�o chin�s ficar abaixo de 8% anuais "o Brasil ter� problemas" at� por falta de alternativas. H� economistas prevendo um recuo chin�s para 3% nos pr�ximos anos, algo inimagin�vel at� h� pouco para uma atividade que se expande a 10% por ano.

No acumulado do ano at� setembro, os Estados Unidos retomaram a lideran�a como maior mercado fornecedor do Brasil, com US$ 25 bilh�es, ante US$ 24,1 bilh�es da China — o dobro do terceiro, a Argentina. Na m�o inversa, a China importou US$ 33,6 bilh�es no per�odo e os EUA, US$ 18,7 bilh�es. S� em setembro, as exporta��es para o pa�s asi�tico somaram US$ 4,5 bilh�es, o que mostra a crescente depend�ncia nacional dos rumos chineses.

Pre�os e demanda em queda, contudo, devem tra�ar um quadro mais apertado daqui para a frente. As mineradoras, lideradas pela Vale, j� ofereceram �s sider�rgicas chinesas descontos na venda de min�rio de ferro nos contratos do �ltimo trimestre. O pre�o � vista caiu ao menor n�vel em 11 meses: US$ 160. As clientes se ressentem da queda na cota��o do a�o e, por isso, rejeitam pagar US$ 175 pela tonelada do min�rio, conforme a regra atual, baseada na m�dia do trimestre anterior.

"A economia brasileira � duplamente sens�vel �s turbul�ncias na China. Primeiro nos volumes exportados para l�, mais de 15% do total. Depois no peso dessa demanda sobre cota��es de commodities", resume Luis Otavio de Souza Leal, economista-chefe do Arab Bank Corportation (ABC Brasil). O especialista ressalta que o Brasil s� n�o est� mais exposto ao decl�nio chin�s em raz�o das mat�rias-primas agr�colas.

SEGREDO De toda forma, ele refor�a a declara��o do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que a economia chinesa est� no centro das preocupa��es. "Al�m do mercado dom�stico, o segredo da bem-sucedida resposta brasileira � contra��o mundial em 2008 e 2009 deve-se em boa parte ao excepcional esfor�o de Pequim em manter a economia chinesa aquecida", explica Leal.

Medidas anunciadas nos �ltimos dias pelo governo chin�s para sustentar o mercado e o desempenho econ�mico pior que o esperado mostram agora um cen�rio mais grave. Uma das primeiras rea��es veio do Itamaraty. Das 20 medidas de promo��o e defesa comerciais anunciadas na semana passada pelo ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota, uma prev� refor�o no monitoramento do mercado chin�s. "Temos de ir al�m da complementaridade comercial", justificou ele na ocasi�o.

Desde que tomou posse e sobretudo depois de sua visita oficial a Pequim, em abril, a presidente Dilma Rousseff vem tentando "revisar" a rela��o comercial bilateral, marcada por pautas de exporta��o essencialmente invertidas (commodities brasileiras versus manufaturados chineses). A medida mais dr�stica visando equilibrar as trocas foi anunciada h� um m�s, quando o governo elevou o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) vinculado �s importa��es para barrar o avan�o dos ve�culos chineses. At� agora, o efeito pr�tico est� no desgaste diplom�tico.


Enquanto isso...

... Infla��o � amea�a por l�


As cota��es recordes das mat�rias-primas, resultado de demanda elevada e da especula��o nos mercados futuros, ajudam o com�rcio do Brasil, mas se tornaram a pior fonte de infla��o na China, atualmente ao ritmo anual de 6,5%. O governo chin�s refor�ou a fiscaliza��o no varejo para coibir pre�os abusivos. A carne de porco,por exemplo, um dos principais produtos da alimenta��o dos chineses, s� em agosto subiu 52,3%.


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