O Brasil atraiu US$ 32,5 bilh�es (R$ 56,5 bilh�es) em investimentos estrangeiros diretos (IED) no primeiro semestre de 2011, ficando apenas atr�s da China entre os pa�ses do Brics – grupo que inclui ainda R�ssia, �ndia e �frica do Sul – segundo um relat�rio da Confer�ncia da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU) para o Com�rcio e o Desenvolvimento (Unctad), divulgado nesta ter�a-feira.
A China continua captando o maior volume de investimentos estrangeiros destinados aos pa�ses emergentes. Foram US$ 61 bilh�es nos primeiros seis meses de 2011, quase o dobro do Brasil. O IED da R�ssia foi de US$ 23,4 bilh�es nesse per�odo e, o da �ndia, US$ 17,8 bilh�es. J� a �frica do Sul est� bem atr�s, com apenas US$ 2,5 bilh�es.
O �ndice mede os valores investidos em produ��o, como a constru��o de f�bricas, em fus�es e aquisi��es de empresas e empr�stimos entre matrizes e filiais. No acumulado deste ano at� setembro, as fus�es e aquisi��es realizadas por companhias estrangeiras no Brasil j� somam US$ 14 bilh�es.
Esse montante j� � superior ao total obtido em 2010, de US$ 8,8 bilh�es, disse Astrit Sulstarova, economista da Unctad. As principais aquisi��es foram na �rea de minera��o e de telefononia. O fluxo de IED para o Brasil no primeiro semestre deste ano quase triplicou em rela��o ao mesmo per�odo do ano passado (US$ 12 bilh�es). Mas a compara��o � relativa, j� que no segundo semestre de 2010 os investimentos estrangeiros no Brasil totalizaram US$ 36 bilh�es.
Como a Unctad leva em conta o semestre anterior para analisar a evolu��o, no caso do Brasil o IED teve queda de quase 10% entre os seis primeiros meses deste ano e o �ltimo semestre de 2010, que contabilizou um grande n�mero de fus�es e aquisi��es importantes.
Mas a tend�ncia do Brasil, ressalta Nicole Moussa, especialista em Am�rica Latina da Unctad, � de alta anual constante do fluxo de IED. "O Brasil deu um salto e est� em uma trajet�ria ascedente. Antes, os aumentos dos investimentos estrangeiros diretos no Brasil eram pontuais. Nos �ltimos quatro anos, temos observado que o crescimento anual � cont�nuo", diz Moussa. "Isso mostra uma tend�ncia. H� quatro anos, o IED no Brasil estava pr�ximo ao n�vel do M�xico. Nesse per�odo, o Brasil ultrapassou o M�xico", disse.