Para a B�lgica s�o exportadas v�lvulas card�acas feitas com a tripa do porco; Rep�blica Tcheca e Chile s�o compradores de lentes intraoculares. Na Am�rica Latina, Equador, M�xico, Nicar�gua e Col�mbia s�o os destinos de aparelhos de raios X para diagnostico m�dico. Tamb�m na regi�o, Venezuela, Paraguai e Peru adquirem sementes geneticamente modificadas de milho e soja. Nas terras do min�rio e do caf�, um tra�o em comum faz daqui um pedacinho da Coreia do Sul: a entrada na pauta de exporta��o de mercadorias com alto teor de inova��o e tecnologia.
Estudo in�dito da Funda��o Jo�o Pinheiro detalha a rota dos chamados produtos intensivos em informa��o e conhecimento (PII&C) e mostra que o total da exporta��o desses itens, mesmo com cen�rio internacional adverso e real valorizado, aumentou 12,7% no comparativo entre os seis primeiros meses de 2010 e 2011, passando de 1,62 bilh�es para 1,82 bilh�es de d�lares.
O estudo mostra que dois dos cinco grupos de produtos garantiram o avan�o nas exporta��es mineiras: os biotecnol�gicos voltados para sa�de humana e animal, f�rmacos e qu�micos e os produtos da ind�stria mec�nica, el�trica e de instrumentos de precis�o, com varia��o de 39,2% e 27,8%, respectivamente. “Embora Minas seja um exportador de commodities, h� certos produtos nos quais o estado tem destaque absoluto”, afirma a coordenadora do levantamento e pesquisadora da Funda��o Jo�o Pinheiro, Elisa Maria Pinto da Rocha, lembrando que empres�rios mineiros t�m patente mundial para um modelo de lentes intraoculares.
Apesar de os resultados mineiros serem positivos, o volume de crescimento de exporta��o do resto do pa�s � superior. No comparativo entre o primeiro semestre de 2010 e 2011, o Brasil teve aumento de 19% no total de exporta��es dos produtos com conte�do tecnol�gico.
universidades Fator primordial para o aumento das exporta��es desses produtos � a participa��o de universidades federais na cria��o e no desenvolvimento de novos itens. Segundo a coordenadora do estudo, s�o formados conglomerados no entorno de centros de estudo e, de l�, s�o criadas parcerias para que extrapolam as grades da academia e ganham o mercado. “S�o produtos que emergem do contexto universidade-empresa. Surgem na universidade, v�o para a incubadora e, depois de dois anos, ganham rumos no mercado”, afirma Elisa.
Mas a lista de empresas n�o se limita �s de pequeno e m�dio porte sa�das da sala de aula. A pesquisa mostra que 83% do montante total de exporta��es refere-se a tr�s tipos de produtos: ve�culos, tratores e ciclos (36,9%); produtos qu�micos (26,2%) e m�quinas e equipamentos mec�nicos (19,9%). A alta fatia do primeiro item � garantido principalmente pela participa��o da Fiat, com a exporta��o de autom�veis.