O presidente do M�xico, Felipe Calder�n, disse, neste s�bado, que credores ter�o de assumir perdas nos empr�stimos a pa�ses europeus e que o mundo todo n�o deve pagar o custo de empr�stimos irrespons�veis. "Os credores t�m de assumir responsabilidades, e isso significa assumir perdas. A comunidade global n�o deve arcar com os custos", disse Calder�n durante a c�pula ibero-americana realizada na capital do Paraguai. "Quando um pa�s tem d�vida igual a 170% do PIB e voc� continua a emprestar dinheiro a ele, voc� deve saber que h� um risco."
Calder�n disse que a Europa deve aprender li��es com as crises da d�vida da Am�rica Latina, que fortaleceram as regras financeiras e fiscais na regi�o. Ele citou o n�vel de endividamento relativamente baixo da regi�o, em torno de 30% do PIB, na m�dia, em compara��o com a de pa�ses desenvolvidos, que fica em 100% do PIB ou mais. Calder�n disse que o baixo endividamento e grandes reservas em moeda estrangeira "d�o a n�s a estabilidade para lidar com essa crise".
O presidente mexicano tamb�m criticou o papel das institui��es financeiras em criar bolhas nos pre�os das commodities. Ele disse que o aumento na demanda em economias em crescimento na �sia, como �ndia e China, elevou os pre�os das commodities, beneficiando algumas economias latinas. Ainda assim, os pre�os dos alimentos e combust�veis causaram dist�rbios globais, refletindo nas lutas no Oriente M�dio e no norte africano, bem como empobrecendo ainda mais aqueles que n�o conseguem arcar com os pre�os mais altos.
Calder�n disse que h� uma d�cada as institui��es financeiras representavam menos de 10% das compras de commodities, enquanto agora elas s�o mais de 40%. Os baixos juros nos pa�ses desenvolvidos levaram investidores a fontes alternativas de retornos, mas isso criou uma bolha que pode explodir. A infla��o dos pre�os "aumentou os lucros de alguns pa�ses", apontou o presidente, "mas cria uma bolha e os anos de vacas gordas podem terminar abruptamente." As informa��es s�o da Dow Jones