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Estado de Minas

Com�rcio varejista segue alheio � crise e garante crescimento de 8,2%

Setor segue a todo vapor, abrindo novas vagas de emprego e gerando renda em um ciclo que alimenta o pr�prio faturamento


postado em 30/10/2011 07:45 / atualizado em 30/10/2011 07:47

Alheio �s tormentas que assolam os mercados financeiros e as economias desenvolvidas no cen�rio internacional, o com�rcio varejista brasileiro vai muito bem, obrigada. Com crescimento acumulado de 7,2% no ano at� agosto e de 8,2% nos �ltimos 12 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o varejo tem sido o principal pilar de sustenta��o do crescimento econ�mico nacional. E, pelo menos a m�dio prazo, n�o h� indica��es de que esse cen�rio ser� alterado. Dez em cada dez analistas atribuem o bom desempenho do setor � converg�ncia de tr�s fatores: desemprego em queda, massa salarial em alta e oferta de cr�dito aquecida.

Ainda que em ritmo reduzido, o mercado de trabalho continua abrindo vagas. Somente este ano j� foram criados mais de 2 milh�es de empregos formais. A massa salarial est� prestes a sofrer um reajuste de 14% com o aumento do sal�rio m�nimo previsto para janeiro de 2012, que elevar� os ganhos para R$ 619,21. Desse total, 7,5% representar�o um aumento real de renda destinada ao consumo. Sem contar os reajustes salariais com ganho real que diversas categorias de trabalhadores conquistaram este ano.

Enquanto isso, o cr�dito, que deveria ter sido enxugado por conta das medidas macroprudenciais do governo lan�adas em dezembro de 2010, ganha um novo aliado: o corte das taxas de juros iniciado pelo Banco Central em agosto, que dever� baratear os financiamentos.

Sem contar que as a��es de conten��o da demanda est�o com os dias contados. “O ministro (da Fazenda) Guido Mantega disse que vai retirar as medidas macroprudenciais, o que cria mais um est�mulo para o com�rcio e melhora os indicadores”, afirma o economista da Coordena��o de Servi�os e Com�rcio do IBGE Reinaldo Silva Pereira.

Diante desse cen�rio, � dif�cil imaginar uma mudan�a de comportamento no consumo das fam�lias, que depois de apresentar crescimento de 0,7% no primeiro trimestre voltou a acelerar nos tr�s meses seguintes e cresceu 1%. “Ainda n�o senti impactos e n�o alterei o meu comportamento de compras”, garantiu a consumidora Maria da Concei��o Marques Lana enquanto escolhia o segundo par de sapatos em loja do Boulevard Shopping, em BH.

Para o presidente do conselho do Programa de Administra��o do Varejo (Provar) da Funda��o Instituto de Administra��o (FIA), Cl�udio Felisoni de �ngelo, n�o � a crise internacional que vai alterar a perspectiva das pessoas quanto � economia dom�stica. “As classes de baixa renda s�o afetadas por outras vari�veis. Elas come�am a mudar de postura quando veem o vizinho perder o emprego”, avalia. � essa parcela da popula��o que move a demanda interna, j� que responde por 60% do consumo nacional, segundo dados do instituto de pesquisas Data Popular.

A gerente de economia da Federa��o do Com�rcio de Minas Gerais (Fecom�rcio), Silv�nia Ara�jo, acredita ser evidente que o grande trunfo do pa�s est� em seu mercado interno. “Vivemos uma inclus�o social muito forte e essas pessoas est�o com a demanda reprimida. S�o consumidores que buscam novidades em bens dur�veis e semidur�veis, melhorando a cesta de consumo”, observa.

Apesar de uma ligeira retra��o do ritmo do varejo nos �ltimos meses, Reinaldo Pereira ainda considera bons os resultados. “O desempenho de 2010 foi muito forte. Por isso, entra tamb�m um efeito da base de compara��o elevada para justificar essa desacelera��o”, pondera. Em agosto, o desempenho do varejo caiu 0,4% frente ao m�s anterior.


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