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Estado de Minas

Sul da Fran�a ser� palco de protestos


postado em 31/10/2011 07:19

(foto: AFP)
(foto: AFP)
Reuni�o, esta semana, dos l�deres do G-20 — grupo das 20 maiores economias do planeta —, em Cannes, litoral sul da Fran�a, � o pr�ximo alvo da crescente onda internacional de protestos contra os impactos sociais da crise econ�mica. De hoje at� a sexta-feira, encerramento da c�pula, dezenas de organiza��es civis independentes e partidos pol�ticos prometem realizar uma s�rie de eventos.

O destaque dessa programa��o divulgada por redes sociais na internet como Facebook e Twitter ser� uma “grande manifesta��o internacional”, amanh� em Nice, cidade vizinha a Cannes, na qual s�o aguardados pelo menos 15 mil manifestantes, segundo os organizadores. O aeroporto local � onde a maioria das comitivas dos governantes dever� desembarcar.

A ONG francesa Associa��o pela Taxa��o das Transa��es Financeiras (Attac) informa que manifestantes chegar�o de diversos pontos do pa�s e do exterior, sobretudo da It�lia e da Espanha. Um grupo que se preparava para realizar marcha at� Atenas, na Gr�cia, decidiu fazer escala em Nice, justamente para coincidir com a a��o contra o G-20, que reunir� seus l�deres na quinta e na sexta-feira.

Apesar das concentra��es de rua j� terem se tornado uma tradi��o nas c�pulas do G-20, dominadas por um fort�ssimo esquema de seguran�a para isolar chefes de governo e Estado, os deste ano s�o resultantes de outro contexto, sustentados pelos indignados com as taxas recordes de desemprego, sobretudo nos Estados Unidos, e as perdas de benef�cios sociais hist�ricos, mais sentidos na Europa.

Esses movimentos populares v�m se replicando desde 17 de setembro, deflagra��o do Ocupe Wall Street, em Nova York, protesto organizado contra o socorro ao setor financeiro e que se espalhou por diversas cidades norte-americanas e inspirou outro igual em Londres, na Inglaterra. Antes da escalada que j� chegou a Berlim e Hong Kong, milhares de estudantes, grevistas e simpatizantes faziam passeatas e acampamentos na Espanha e na Fran�a. O retrato mais violento est� na Gr�cia, protagonista da crise fiscal europeia e j� pressionada por metas de austeridade.

DESEMPREGO � ESTOPIM Segundo c�lculos da Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT), as turbul�ncias j� desempregaram mais de 200 milh�es de pessoas desde 2008, sobretudo nos EUA, onde as desigualdades sociais disparam — desde 1979, enquanto a renda do 1% mais rico da popula��o saltou 250%, a dos 20% mais o pobres cresceu apenas 18%. No geral, o que mais assusta � a falta de perspectivas de recupera��o econ�mica. “Progn�sticos que apontam uma d�cada perdida na Europa ampliam o desalento dos jovens”, comentou um diplomata europeu ao Estado de Minas.

Carlos Zarco Mera, diretor da Oxfam, ag�ncia humanit�ria brit�nica com representa��o no Brasil e em outros 14 pa�ses, defende uma an�lise mais ampla da crise e a constitui��o de um fundo internacional para combater a pobreza e mudan�as clim�ticas. “Uma em cada sete pessoas no mundo passa fome e a situa��o da economia global vai agravar esse quadro”, sublinhou.

Iara Pietrocovsky, da Rede Brasil sobre Institui��es Financeiras Multilaterais, afirma que sua entidade n�o considera o G-20 uma inst�ncia leg�tima para deliberar sobre a agenda mundial, mas reconhece que o grupo acaba tendo imenso poder de influ�ncia. Ela cobra ainda mais transpar�ncia sobre as posi��es defendidas pelo Brasil nesses espa�os.



Enquanto isso...
…Acordo tem que ser realidade
O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, pediu a r�pida aplica��o do acordo para resgatar a Zona do Euro e debelar a crise. “O acordo precisa ser implementado r�pida e rigorosamente”, disse Trichet em entrevista publicada na edi��o de ontem do jornal Le Monde. “Um dos principais desafios da Zona do Euro � se comunicar com os investidores no resto do mundo que t�m dificuldades em decodificar o processo da tomada de decis�es na Europa”, destacou. “Se as decis�es (da Europa) forem rapidamente colocadas em pr�tica, os pa�ses da Zona do Euro ter�o os meios para melhorar a percep��o que o resto do mundo tem da Europa”, refor�ou. O mandato de Trichet � frente do BCE acaba amanh�, quando o italiano Mario Draghi assumir� a presid�ncia.


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