A tr�s dias da C�pula do G20 (que re�ne os l�deres dos 20 pa�ses com maiores economias no mundo), a Organiza��o Internacional do Trabalho (OIT) advertiu nesta segunda-feira que a economia mundial est� prestes a viver um per�odo de “recess�o de novos empregos”, atrasando a recupera��o econ�mica global e com riscos de gerar conflitos sociais. Em 2010, as medidas adotadas pelo G20 foram respons�veis pela garantia da preserva��o de 21 milh�es empregos, segundo a organiza��o.
A conclus�o est� no Relat�rio sobre o Trabalho no Mundo 2011: os Mercados a Servi�o do Emprego, elaborado pelo Instituto Internacional de Estudos Trabalhistas (cuja sigla em ingl�s � IILS), vinculado � OIT. "Chegamos ao momento da verdade. N�s temos uma t�mida janela de oportunidades para evitar uma crise nos principais setores de emprego”, disse o diretor do instituto, Raymond Torres.
Segundo Torres, a tend�ncia � que a normaliza��o ocorra apenas em cinco anos. De acordo com o relat�rio, dentro de dois anos, ser� necess�rio necess�rio criar 80 milh�es de empregos. Para os especialistas, h� amea�as de "agita��o social" em decorr�ncia da falta de emprego no mundo.
O relat�rio foi elaborado com base em informa��es de 118 pa�ses, dos quais 45 apresentaram sinais de agita��o. Segundo os analistas, essa tend�ncia ocorre na Uni�o Europeia, nos pa�ses �rabes e, em menor escala, na �sia. Na Am�rica Latina, esse risco � considerado baixo. Mais da metade dos entrevistados em 99 pa�ses pesquisados admitem n�o confiar nos seus governos.
Em 2010, mais de 50 % das pessoas nos pa�ses desenvolvidos se disseram insatisfeitas com a disponibilidade de empregos decentes. Em pa�ses como a Gr�cia, a It�lia, Portugal, a Eslov�nia e a Espanha, mais de 70% dos entrevistados relataram insatisfa��o.
No texto, s�o citadas as principais raz�es para a desacelera��o econ�mica. As empresas se sentem fragilizadas para manter todos os empregados, os empregadores acreditam que s�o obrigados a adotar medidas de austeridade fiscal – incluindo cortes de pessoal – e os governos est�o menos propensos a assumir programas de apoio � renda. Al�m disso, os l�deres dos pa�ses tendem a tomar decis�es isoladas.
Para a OIT, o ideal � que haja um esfor�o conjunto para a manuten��o dos empregos, intensificando os esfor�os para reduzir a d�vida p�blica e os d�ficits. O estudo sugere ainda que os l�deres pol�ticos invistam mais em economia real por interm�dio de uma reforma financeira, lembrando a necessidade de buscar solu��es que visam � redu��o das desigualdades de renda excessiva.