
"Hoje o dia come�ou feio. Est� tudo caindo", resume o economista da Legan Asset, Fausto Gouveia. Para ele, os investidores criaram uma expectativa favor�vel quanto a uma solu��o para a crise europeia das d�vidas soberanas, "mas os problemas estruturais ficaram". "O fato de colocar dinheiro n�o significa que a quest�o foi resolvida."
E, agora, pode haver um retrocesso nas negocia��es entre os l�deres europeus. O primeiro-ministro grego, George Papandreou, pedir� aos cidad�os do pa�s que decidam se querem continuar com o acordo sobre a renegocia��o do endividamento, via um plebiscito. O referendo n�o deve ocorrer antes de janeiro e pesquisas revelam que 60% da popula��o grega � contra um acordo. "S�o medidas impopulares, de dif�cil aceita��o", comenta Gouveia.
Para piorar, a atividade industrial na China quebrou uma sequ�ncia de dois meses consecutivos de alta e caiu de 51,2 pontos em setembro para 50,4 pontos em outubro, indicando que o ritmo da manufatura sentiu as medidas de aperto monet�rio adotadas por Pequim e tamb�m foi impactada pela desacelera��o do crescimento global.
Aqui no Brasil, a produ��o industrial brasileira caiu 2% em setembro ante agosto, situando-se dentro do intervalo das expectativas dos analistas consultados pela Ag�ncia Estado, mas com uma queda maior do que a apontada pela mediana projetada, de 1,30%. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE), o recuo da atividade fabril foi um movimento generalizado, atingindo 16 dos 27 ramos industriais e tr�s das quatro categorias de uso. As perdas foram mais intensas nos setores ligados � produ��o de bens de consumo dur�veis e de bens de capital.