O resultado positivo da balan�a comercial em outubro, acima do esperado, fez o economista-chefe do Banco Votorantim, Leonardo Sapienza, elevar sua proje��o deste ano. Embora acredite que o saldo comercial possa desacelerar nos pr�ximos meses, ele ajustou sua estimativa de US$ 27 bilh�es para algo em torno de US$ 29 bilh�es em 2011 ap�s os dados divulgados hoje pelo Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC). "� um n�mero bem importante. Por essa surpresa que tivemos, alteramos nossa proje��o", disse.
De acordo com o MDIC, no m�s passado o saldo comercial cresceu 28,9% em rela��o a outubro de 2010 e atingiu US$ 2,355 bilh�es. O resultado ficou acima do previsto pelas institui��es do mercado financeiro consultadas pelo AE Proje��es, que iam de super�vit de US$ 600 milh�es a US$ 1,7 bilh�o. O Banco Votorantim previa exatamente a mediana encontrada no levantamento, que era saldo de US$ 1 bilh�o.
Na avalia��o do economista, o desempenho das exporta��es e das importa��es verificado nas �ltimas duas semanas de outubro contribuiu para o crescimento do super�vit comercial mensal. "Nessas semanas, o saldo foi expressivo, de quase US$ 1,8 bilh�o", disse.
Segundo o MDIC, na quarta semana de outubro (24 a 30), com cinco dias �teis, o super�vit semanal ficou em US$ 1,336 bilh�o. J� na �ltima semana do m�s, com apenas um dia �til, o saldo foi de US$ 447 milh�es.
Sapienza ressaltou que o Brasil vem se beneficiando dos pre�os das commodities desde o fim do ano passado, que t�m favorecido os termos de troca. Segundo c�lculos do economista, os pre�os m�dios das mat�rias-primas avan�aram quase 27% de janeiro a agosto em rela��o ao mesmo per�odo de 2010. Enquanto isso, os pre�os dos produtos importados subiram um pouco menos, em torno de 15%, segundo ele.
"O valor das exporta��es est� crescendo mais do que o as importa��es devido ao movimento de pre�o muito mais elevado do que o quantum, o volume exportado e importado", explicou.