A reuni�o do G20 de Cannes permitir� sem d�vida lan�ar as bases de um imposto sobre opera��es financeiras, mas diante da hostilidade de Estados Unidos e Gr�-Bretanha, sua aplica��o poder� limitar-se a um grupo de pa�ses da Eurozona.
Nicolas Sarkozy far� todo o poss�vel para que este G20 presidido pela Fran�a fa�a "avan�ar as linhas a esse respeito", afirmou na segunda-feira Henri Guaino, conselheiro especial do presidente franc�s. "� um tema capital, tanto para a reforma das finan�as como para conseguir dinheiro para combater a mis�ria", argumentou Guaino.
Por sua vez, o ministro alem�o de Finan�as, Wolfgang Sch€uble, cujo pa�s tamb�m � favor�vel ao imposto, pediu avan�os em uma solu��o alternativa. "O G20 n�o pode ser utilizado como desculpa para n�o se fazer nada (...) eu sou partid�rio de que avancemos na Europa", disse o ministro.
A ideia de um imposto sobre transa��es financeiras, herdeiro da "taxa Tobin", ganhou espa�o com a crise de 2008. Em 23 de outubro, Nicolas Sarkozy, ao lado da chanceler alem�, Angela Merkel, expressou sua vontade de apoiar essa medida.
Para o Pr�mio Nobel de Economia americano, James Tobin, o imposto que leva seu nome deve ser um meio de frear as "idas e vindas" especulativas no curto prazo nos mercados de divisas, ao impor uma pequena taxa �s opera��es.
A ideia foi reavivada por um artigo do jornalista franco-espanhol, Ignacio Ramonet, intitulada "Desarmar os mercados", publicada no jornal Le Monde Diplomatique em dezembro de 1997, o qual foi seguido pela cria��o do movimento ATTAC. Rebatizada de "imposto mundial de solidariedade", a nova vers�o da taxa Tobin teria como meta o aux�lio ao desenvolvimento.
A f�rmula que ser� debatida na quinta e sexta-feira na reuni�o do G20 de Cannes (sudeste da Fran�a) � na verdade um meio termo entre a vers�o antiga e a nova da taxa. A ideia atual seria financiar o desenvolvimento, mas tamb�m contribuir para o desendividamento dos pa�ses em dificuldades.
Segundo a ONG Oxfam, essa taxa e a imposta �s emiss�es de CO2 do transporte mar�timo internacional gerariam "dezenas de bilh�es de d�lares".