
A decis�o foi o apogeu de um novo dia de tens�o entre l�deres da Uni�o Europeia, reunidos em Cannes, e a administra��o grega. A insatisfa��o havia aumentado ao longo da madrugada, ap�s o pronunciamento feito em Cannes por Sarkozy e Merkel, no qual deram um ultimato � Gr�cia: aceitar o pacote e ficar, ou abandonar a zona do euro.
Nas primeiras horas da manh�, Papandreou enfrentou a rebeli�o dos principais nomes de seu gabinete, entre os quais o ministro da Economia, Evangelos Venizelos, contr�rios ao referendo. Ao mesmo tempo, surgiu a informa��o de que o Movimento Socialista Pan-hel�nico (Pasok) teria perdido a maioria, inviabilizando seu governo. A bancada estaria com menos de 152 parlamentares - do total de 300. A crise pol�tica provocou ent�o uma reuni�o de urg�ncia do gabinete.
Horas de costuras pol�ticas se seguiram at� que um acordo foi anunciado com o partido de centro-direita Nova Democracia para a aprova��o do pacote de socorro em uma sess�o de hoje do Parlamento. Em tese, 180 dos 300 deputados estariam dispostos a endossar o pacote.
�s 16h (13h em Bras�lia), Papandreou se dirigiu aos deputados, classificando a situa��o como "pesadelo". "Eu disse aos meus parceiros que, se n�s tivermos um consenso pol�tico, se pudermos votar o programa de resgate, n�o ser�o necess�rias outras solu��es", afirmou o premi�. "T�nhamos um dilema: consenso ou referendo. Um fracasso no apoio ao pacote significaria o in�cio de nossa partida do euro. Mas se h� consenso, n�o precisamos de referendo".