Quatro grupos de metal�rgicos da capital paulista e Mogi das Cruzes fecharam hoje acordo de reajuste salarial de 10%, sendo pouco mais de 3% de aumento real. De acordo com o Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Paulo e Mogi das Cruzes, esses quatro grupos representam 80% da categoria. Os demais trabalhadores, n�o contemplados, estipularam um prazo at� a pr�xima ter�a-feira para que as empresas apresentem uma proposta que os agrade e evite uma paralisa��o.
Os acordos fechados hoje envolvem os trabalhadores de autope�as; de m�quinas e eletroeletr�nicos; de fundi��o e de metais ferrosos, equipamentos ferrovi�rios, balan�as, metais n�o ferrosos, condutores el�tricos e trefila��o de metais n�o ferrosos e esquadrias met�licas. "Foram negocia��es dif�ceis, permeadas pela crise mundial, mas a mobiliza��o garantiu o resultado positivo e vamos pressionar para estender o mesmo acordo para toda a categoria", disse, por meio de nota, o presidente do sindicato, Miguel Torres. Entre os trabalhadores que ainda mant�m conversas com as empresas est�o os do setor de siderurgia, oficinas mec�nicas e aqueles que negociam com a Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp).
Em assembleia realizada no �ltimo dia 30, os metal�rgicos haviam rejeitado contrapropostas de 7,5% a 8,5% de aumento e aprovado greve a partir do dia 7 (pr�xima segunda-feira). Os 20% que ainda n�o chegaram a um consenso esperam propostas das empresas para serem votadas na ter�a-feira (8). Caso n�o seja fechado acordo at� l�, os metal�rgicos ir�o decidir neste mesmo dia se ir�o ou n�o cruzar os bra�os.
Al�m de aumento salarial, a categoria pede valoriza��o do piso, redu��o da jornada de trabalho para 40 horas semanais, participa��o nos lucros e resultados (PLR) das empresas para todos os funcion�rios, licen�a-maternidade de 180 dias e inclus�o digital, entre outras requisi��es de uma pauta de 152 cl�usulas. O Sindicato dos Metal�rgicos de S�o Paulo e Mogi das Cruzes representa 270 mil trabalhadores. No entanto, a campanha salarial envolve todos os metal�rgicos do interior que t�m data-base em 1º de novembro. Ao todo, eles somam, aproximadamente, 800 mil.