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Estado de Minas

Marketing de operadoras de celular encarece tarifas

Liga��es mais caras para concorrentes � estrat�gia das empresas para atrair novos clientes, que acabam administrando mais de um telefone ou chip para falar com amigos e parentes


postado em 06/11/2011 07:26 / atualizado em 06/11/2011 07:30

Se a tarifa n�o tem gra�a, cada um tenta rir como pode em um mercado que ativa um celular por segundo, como o brasileiro. Com os pre�os das nossas liga��es feitas a partir de telefone celular tradicionalmente entre os mais altos do mundo, a distor��o no mercado, que j� tem mais de 227 milh�es de n�meros ativados, � evidente. O foco na competi��o leva as empresas a praticar pre�os alt�ssimos nos minutos das liga��es para n�meros de outras operadoras. “Existem componentes como impostos e valor de uso m�vel (VU-M), mas, na pr�tica, essa discrep�ncia se d� como estrat�gia de marketing mesmo, para aumentar a base de clientes de cada operadora”, diz Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco. De janeiro a setembro, o n�mero de novos clientes foi 36% superior ao do mesmo per�odo no ano passado.

Para aproveitar as melhores ofertas, os clientes acabam contratando servi�os de mais de uma companhia. Em mercados como o latino-americano, com ampla maioria de clientes de base pr�-paga, a pr�tica � usual, mas essa fase pode, em breve, dar lugar � maior racionalidade nos pre�os praticados. Resolu��o da Anatel publicada ontem promete reduzir as tarifas de liga��es feitas de aparelho m�vel para fixo em at� 45% em 2014. O �rg�o regulador promete cortar a tarifa das chamadas fixo-m�vel, cobrada das operadoras, dos atuais R$ 0,54 para R$ 0,48 em 2012, R$ 0,44 em 2013 e R$ 0,42 em 2014. A Anatel publicar� o ato de homologa��o das novas tarifas em at� 80 dias. A partir da�, as empresas ter�o 20 dias para apresentar instrumento de pactua��o.

Na pr�tica, enquanto isso, o que se percebe � a base de clientes rebolando para aproveitar as promo��es que, em muitos casos, oferecem liga��es gratuitas para n�meros da mesma empresa, enquanto chegam a cobrar R$ 1,56 por minuto em chamadas feitas para n�meros de outras operadoras. Esse � o pre�o m�ximo praticado pela Vivo. A Claro cobra at� R$ 0,75, a Oi, R$ 87 e a TIM, R$ 1,39, de acordo com as pr�prias operadoras.

Diante disso, a sa�da encontrada pelo tatuador Giovani Alvarenga, que tem est�dio no bairro Nova Sui�a, Regi�o Oeste de Belo Horizonte, foi ceder aos apelos dos clientes. “Era uma demanda deles que eu oferecesse contatos de diferentes operadoras. Com isso, comprei um celular que aceita tr�s chips, em um mercado popular, por R$ 90. E j� tenho um outro aparelho. O jeito � ficar cliente das quatro operadoras”, explica Alvarenga, indicando que, no flyer de divulga��o do est�dio, pretendi indicar a qual empresa pertence cada n�mero.

De acordo com o Eduardo Levy, presidente do TeleBrasil, o sindicato nacional das empresas telef�nicas fixas e m�veis, os levantamentos internacionais que j� comprovaram o tarif�rio brasileiro dentre os mais caros do planeta levam em conta o valor do minuto declarado pelas operadoras � Anatel, a partir de metodologia da Uni�o Internacional das Telecomunica��es. “Habitualmente, as empresas declaram o valor m�ximo que cobram”. Levantamento feito pelo Estado de Minas, a partir das tarifas de cada operadora no Brasil, constatou que as tarifas mais altas s�o justamente essas, cobradas em liga��es para clientes de outras bases. “Se a legisla��o permite que as operadoras cobrem pre�os menores de clientes de mesma base, tamb�m n�o impede que fa�am o inverso. � a competi��o”, diz Levy.

TEND�NCIA

A estrat�gia, na pr�tica, pode levar as operadoras a amargar alto pre�o em breve. De acordo com o coordenador do Procon-Assembleia, Marcelo Barbosa, os clientes podem aproveitar a alta competi��o para descobrir quais s�o as operadoras que mais se adequem aos seus perfis de consumo. “Em pouco tempo, a tend�ncia � que os clientes acabem optando por um ou outro prestador de servi�o”, acredita.

Especialmente quando se leva em conta a aparente falta de esmero na presta��o do servi�o. A dor de cabe�a � ainda maior com cobran�as indevidas e descumprimentos nos contratos – as duas principais reclama��es referentes ao servi�o nos Procons e na Anatel. Dentre os servi�os de telecomunica��es, a telefonia m�vel � campe� de queixas no Procon-Assembleia, em Belo Horizonte, respondendo por mais de 70% das reclama��es. A entidade de defesa do consumidor fez parceria com a Anatel para reportar diretamente as reclama��es de cunho coletivo – ao chegarem ao �rg�o regulador, mensalmente, ter�o mais peso que as reclama��es individuais.

Sobre os altos pre�os das tarifas praticados no pa�s, a Oi respondeu que “como na composi��o do valor da liga��o na telefonia m�vel a carga tribut�ria � o item mais significativo, a redu��o dessa carga traria o benef�cio de maior impacto para o consumidor”. A TIM alegou o mesmo, mas acredita que a ado��o de “modelo de tarifa��o por chamada, e n�o mais por minuto” derruba o custo da chamada. A Claro e a Vivo n�o se posicionaram sobre o assunto.


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