O diretor executivo do Fundo Monet�rio Internacional (FMI) para o Brasil, pa�ses latino-americanos e o Caribe, Paulo Nogueira Batista J�nior, afirmou hoje que a crise internacional "tende a se agravar". Em palestra durante o semin�rio "Novo Pensamento Econ�mico", que ocorre hoje no BNDES, Batista J�nior considerou que os sinais negativos mostrados pela economia mundial atualmente podem sinalizar per�odo mais agudo da crise, no futuro.
"Esta crise vai continuar e tende a se agravar. Mais cedo ou mais tarde uma solu��o multilateral ter� que ser constru�da para fazer face ao problema", avaliou. Ele ponderou, no entanto, que suas palavras refletem sua opini�o pessoal, e n�o o posicionamento oficial do FMI.
Quando questionado por jornalistas sobre quais seriam os sinais que mostram perspectiva de agravamento do atual cen�rio de turbul�ncia internacional, o diretor executivo lembrou o atual cen�rio europeu, classificando como "delicada" a situa��o dos pa�ses envolvidos no ambiente de turbul�ncia, que mostram taxas mais fracas de crescimento econ�mico. "A Europa parece que j� est� entrando em recess�o. O desemprego (est�) muito alto nos Estados Unidos e na Europa" citou, acrescentando outros fatores, como instabilidade financeira, dificuldades fiscais, e crise banc�ria nos pa�ses europeus, que n�o conseguiram ainda organizar uma resposta adequada a sua crise. "A crise n�o ser� superada rapidamente", afirmou.
No caso de poss�veis impactos do atual cen�rio internacional na economia brasileira, o diretor executivo comentou que, at� o momento, n�o h� nenhum "impacto forte". No entanto, considerou que, se houver um agravamento dram�tico do atual ambiente de turbul�ncia na Europa, "o mundo inteiro sofrer� os efeitos, pelo lado financeiro e pelo lado comercial".