
Na lista de principais vil�es, cheque especial e cart�o de cr�dito lideram, com 76% dos entrevistados respondendo que v�o usar os valores recebidos para o pagamento dos dois itens. O cart�o de cr�dito � a linha de empr�stimo com maior peso na composi��o da d�vida em aberto dos consumidores tendo atingido em 2011 39% do total. Entre esses que se endividaram durante o ano est� o representante comercial Vitor Ney Amaral. Afetado por um ano que ele classifica como “esquisito para o com�rcio”, ele diz reservar quase a totalidade do 13º para cobrir gastos dos �ltimos meses. “Esse ano � s� lembran�a. E, mesmo assim, para os mais pr�ximos. A primeira op��o ser� pagar as d�vidas, que n�o s�o poucas para quem trabalha no com�rcio”, diz Amaral.
Mas, mesmo com o aumento do endividamento, os consumidores parecem n�o aprender a li��o dos �ltimos anos. A pesquisa mostra que quatro em cada cinco devem usar o cart�o de cr�dito para pagar parte das compras, prolongando as d�vidas para meses caracterizados por maior aperto no or�amento. Isso porque, em janeiro e fevereiro, entra na lista de contas IPTU, IPVA, matr�cula escolar e outras contas do ano novo.

Lista de compras
A diminui��o do valor dispensado para compra de presentes por consequ�ncia resulta em aquisi��es mais modestas. Nesse sentido, m�veis e produtos de linha branca (fog�o, geladeira, freezer e micro-ondas) saem das listas de compras de muitas fam�lias. A diminui��o � de 16,67% e 10,71%, respectivamente, em rela��o ano passado. Adepta das compras � vista, a m�dica Aline Batista aproveita para se presentear com um produto de valor mais alto e d� uma li��o de planejamento. “Vou comprar uma TV nova de LCD e tamb�m pagar para um colega fazer o meu plant�o de ano-novo no hospital”, diz. Ela � uma das que est�o na lista de pessoas que v�o comprar os cobi�ados aparelhos eletr�nicos, como DVD, sons, c�meras fotogr�ficas e televisores, mas por uma simples explica��o: “n�o fa�o compras a longo prazo”, adverte Aline. Os eletr�nicos lideram a op��o de compras, � frente inclusive das roupas e dos celulares.
Em Minas, a estimativa � que sejam injetados R$ 10,6 bilh�es nos bolsos dos trabalhadores com o valor extra, aumento nominal de 17,37% em rela��o ao ano passado e 10,4% em termos reais, se descontada a infla��o para o per�odo. O volume representa cerca de 9% do total no pa�s e � equivalente a 2,8% do PIB mineiro, mas ainda assim a previs�o � de cautela.