A inadimpl�ncia do consumidor brasileiro registrou alta de 4,78% em outubro de 2011, na compara��o com o mesmo m�s de 2010. Esta foi a nona eleva��o seguida nessa base de compara��o ao longo deste ano. De acordo com a Confedera��o Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), este � um indicativo de que o cen�rio inflacion�rio persiste, exercendo press�o negativa sobre o poder de compra do consumidor e sobre o n�vel de endividamento das fam�lias.
Nos dez primeiros meses de 2011, a inadimpl�ncia acumulada � de 5,21%. At� setembro, era de 5,26%. Os dados foram apresentados hoje (8) pelo presidente da CNDL, Roque Pellizaro Junior. A pesquisa mostra, ainda que, na compara��o entre outubro e setembro de 2011, descontando a sazonalidade, a alta da inadimpl�ncia foi de 5,9%.
Endividado, o consumidor consome menos, avalia Pellizaro. “Realmente as vendas deram uma esfriada. Se mant�m positivas, mas, dentro da expectativa que se tinha, o crescimento est� menor do que o obtido em igual per�odo do ano passado porque est� sobrando menos dinheiro para o consumo”, disse. “O que nos preocupa � que, se analisarmos esse aumento [de inadimpl�ncia], n�o est� associado ao aumento de vendas”, acrescentou.
No que se refere a empregos, Pellizaro avalia que 2011 apresentar� um quadro diferente do do ano passado na reten��o do tempor�rio. Mas a tend�ncia � de manter o quadro laboral de 2011.
“Nossa expectativa � de que haja aumento do n�mero de empregos tempor�rios no Natal. Algo em torno de 6% a 7% no volume. � um percentual abaixo do crescimento registrado no ano passado, que foi de 10,89%. Isso se deve a dois fatores. O primeiro, matem�tico, porque a compara��o � com um crescimento muito alto [o de 2010]. E o segundo � a infla��o. Em especial, a infla��o de servi�os. O brasileiro tem gastado mais com contrata��o de servi�os, e isso, claro, acaba diminuindo o consumo.”
Pellizaro estima que 60% das pessoas usar�o o d�cimo-terceiro para quitar d�vidas, especialmente de cart�o de cr�dito e cheque especial. “Em 2012 teremos inje��o forte de recursos na economia, em fun��o do aumento do m�nimo. Com isso, a expectativa de vendas para o primeiro trimestre � muito boa.”