Atenas – O acordo para a forma��o de um governo de unidade nacional na Gr�cia desmoronou nessa quarta-feira, horas depois de o primeiro-ministro George Papandreou dizer que estava entregando seu cargo a uma coaliz�o que n�o existe. Em um dia que foi bizarro e ca�tico, Papandreou desejou boa sorte a seu sucessor e dirigiu-se para encontrar o presidente grego, apenas para descobrir que n�o havia nenhum sucessor, devido a rixas nos partidos pol�ticos. Mais cedo, fontes disseram que os membros dos partidos socialista e conservador haviam escolhido o presidente do Parlamento, o veterano socialista Filippos Petsalnikos, a menos que surgissem imprevistos de �ltima hora.
A Gr�cia vai ficar sem dinheiro no m�s que vem, a menos que o pr�ximo governo concorde com os financiamentos de emerg�ncia da Uni�o Europeia (UE) e do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), credores remanescentes de Atenas, incluindo um pacote de socorro de 130 bilh�es de euros. Alguns parlamentares disseram que os partidos teriam de voltar a um plano anterior – aparentemente parado – de escolherem Lucas Papademos, ex-vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), para chefiar o novo governo como um tecnocrata e dar-lhe a credibilidade que os pol�ticos perderam h� muito tempo.
“A �nica solu��o � Papademos. Se ele aceitar, amanh� de manh� (hoje) vamos ser capazes de formar um governo forte, que vai tirar o pa�s da crise”, disse o deputado socialista Spyros Vougias. Papandreou e o l�der do partido Nova Democracia, Antonis Samaras, come�aram a conversar com o presidente grego, Karolos Papoulias, sobre uma nova coaliz�o para salvar a Gr�cia da fal�ncia. Mas, antes que os l�deres de partidos menores pudessem se juntar a eles para selar a coaliz�o, as negocia��es foram abruptamente interrompidas. O gabinete do presidente disse que uma reuni�o de l�deres partid�rios ser� realizada hoje.
FMI alerta para riscos
Com o impasse na Gr�cia e o agravamento da crise na It�lia, a diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, advertiu nessa quarta-feira, em Pequim, sobre o “risco de espiral de instabilidade financeira mundial” se as economias do planeta n�o reagirem conjuntamente � crise. “A economia mundial entrou em uma fase perigosa e incerta”, ressaltou a diretora-gerente do Fundo, que advertiu que a �sia tamb�m pode ser afetada. “Estamos todos no mesmo barco e nosso destino ser� crescer ou cair juntos.”