A campanha do Jap�o para conter a r�pida acelera��o do iene aparentemente recebeu um suporte impl�cito da diretora-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI), Christine Lagarde, que afirmou, neste s�bado, que os movimentos eram justific�veis diante dos recentes princ�pios adotados pelas economias avan�adas do globo. "A recente interven��o cambial do Jap�o com o intuito de restringir a volatilidade excessiva ficou em conformidade com o esp�rito do G-7 e do G-20", disse Lagarde, em uma entrevista coletiva concedida na manh� deste s�bado, em uma alus�o �s recentes declara��es das economias avan�adas reunidas dentro do G-7 e das economias desenvolvidas e industrializadas que formam o G-20.
As autoridades japonesas t�m andado em uma corda bamba nos �ltimos meses, na medida em que desembolsaram trilh�es de ienes para tentar limitar uma alta da moeda, enquanto tentam n�o desagradar aliados preocupados com a possibilidade de as a��es do Jap�o dificultarem, entre outras coisas, as press�es para que a China valorize sua moeda.
As iniciativas japonesas despertaram algumas cr�ticas veladas de outras autoridades monet�rias, enquanto n�o houve nenhum apoio p�blico percept�vel. Os coment�rios de Lagarde aparentemente s�o os que chegam mais perto de uma aceita��o da pol�tica cambial de T�quio por parte de um l�der econ�mico global.
No encontro do G-7 em Marselha, realizado em setembro, as autoridades endossaram um comunicado no qual as na��es integrantes do bloco "reiteram...nosso apoio �s taxas cambiais determinadas pelo mercado", mas acrescentaram que a "volatilidade excessiva e os movimentos desordenados nas taxas de c�mbio t�m implica��es adversas para a estabilidade financeira e econ�mica".
As autoridades japonesas t�m, em repetidas ocasi�es, alegado que a �ltima parte da frase sobre "volatilidade excessiva" significa que outros pa�ses aceitam a interven��o para conter o iene. Mas at� as declara��es de Lagarde deste s�bado, n�o havia sinais de que autoridades de pol�tica monet�ria compartilhavam da interpreta��o de T�quio para o comunicado.
No entanto, Lagarde tamb�m reiterou as suas observa��es anteriores de que as a��es do Jap�o n�o ter�o, provavelmente, impacto relevante, enquanto continuarem como interven��es individuais. "N�s temos a avalia��o de que essa a��o em conjunto � a forma mais eficiente de interven��o".
O G-7 agiu de maneira coordenada para limitar a alta do iene em mar�o, quando a divisa disparou ap�s o devastador terremoto e tsunami no Jap�o. Desde ent�o, o Jap�o voltou a intervir sozinho no mercado: em agosto e outubro. Lagarde recusou-se a se prolongar sobre o assunto iene, afirmando que n�o faz coment�rios sobre os movimentos de curto prazo de nenhuma moeda.
A diretora-gerente do FMI chegou ao Jap�o na sexta-feira, ap�s uma viagem pela R�ssia e China, e encontrou-se com o governador do Banco Central do Jap�o (BOJ, na sigla em ingl�s), Masaaki Shirakawa, e com o ministro de Servi�os Financeiros, Shozaburo Jimi.
Na entrevista coletiva, Lagarde disse que a �sia, claramente, continua dando propuls�o para a recupera��o global, mas alertou que o Jap�o, assim como outros pa�ses, tamb�m vai enfrentar desafios diante da atual situa��o dif�cil na Europa. "Nenhum pa�s est� imune", disse. As informa��es s�o da Dow Jones.