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Estado de Minas

Opini�o das crian�as orienta, cada vez mais, as compras de pais e m�es


postado em 13/11/2011 11:04

Aos 7 anos, Natália faz as unhas no salão ao menos uma vez por mês: serviços exclusivos para as meninas que acompanham as mães(foto: Ed Alves/CB DA Press)
Aos 7 anos, Nat�lia faz as unhas no sal�o ao menos uma vez por m�s: servi�os exclusivos para as meninas que acompanham as m�es (foto: Ed Alves/CB DA Press)
O aumento da influ�ncia das crian�as nas decis�es de compra da fam�lia � uma tend�ncia crescente e est� for�ando comerciantes e prestadores de servi�o a darem aten��o a esses pequenos e exigentes consumidores. Lojas, restaurantes, sal�es de beleza e afins voltados para o p�blico adulto, mas que se preocupam com as prefer�ncias e necessidades dos menores, saem na frente. A estrat�gia ainda n�o � amplamente difundida entre os empres�rios, mas especialistas acreditam que essa orienta��o deve crescer em todos os fil�es de neg�cios.

Conhecidos pela renda acima da m�dia, os moradores do Distrito Federal gostam de contar com boas op��es para os filhos. � o caso da corretora de im�veis Josilene Alc�ntara Leite, 36 anos, m�e de Isaac, 5, e David, 2. Toda vez que sai com os meninos a passeio ou para fazer compras, os gostos e o bem-estar deles s�o preponderantes na escolha do lugar. “Como eles s�o pequenos, n�o aguentam ficar muito tempo sentados, nem parados esperando. Ent�o, precisa ser um local com brinquedoteca, um parque ou algum outro espa�o agrad�vel”, afirma a m�e.

N�o � somente nesse aspecto que os garotos influenciam as decis�es de consumo da fam�lia. Segundo Josilene, as crian�as foram o principal motivo de o casal ter assinado um servi�o de tev� a cabo. “� mais por causa da programa��o infantil. N�s assistimos muito menos do que eles.”

Eles tamb�m determinaram a busca dos pais por um apartamento. “Levamos uns dois anos procurando. Eu queria que fosse um im�vel de tr�s quartos e tivesse uma boa �rea de lazer, capaz de atender �s muitas etapas do crescimento deles. Aqui no condom�nio, h� dois parquinhos e uma brinquedoteca fechada, ou seja, atende aos dias de chuva e de sol. Tamb�m tem tr�s piscinas, uma delas coberta e aquecida. A gente acaba pagando um pouco mais caro por causa dos filhos, mas compensa”, opina Josilene.

O consultor de varejo Alexandre Ayres, da Neocom, diz que estruturas familiares como a de Josilene s�o t�picas do s�culo 21. Ele ressalta que, de uma d�cada para c�, o peso dos desejos e opini�es dos filhos tem se tornado cada vez maior, em raz�o de fatores como a melhora da qualidade de vida da popula��o e do acesso, sem precedentes, da meninada � informa��o. “Se, h� 10 anos, pergunt�ssemos a uma crian�a o que ela queria fazer, � poss�vel que receb�ssemos uma resposta gen�rica, do tipo, tomar sorvete. Atualmente, ela d� indica��es muito mais espec�ficas.”

Ele destaca que os empres�rios, de uma maneira geral, v�m se organizando para atender a essa nova realidade. “Cada loja e cada shopping tenta ter algum tipo de ingrediente de entretenimento. Assim, aumentam as chances de o tempo de lazer da fam�lia ser despendido em compras”, pondera. Para o consultor, o atendimento �s necessidades dos pequenos nos neg�cios que t�m como p�blico alvo os pais � fundamental. “Hoje, a crian�a determina a op��o da fam�lia, seja no varejo, no restaurante ou na viagem”, analisa.

Educa��o

Diante de filhos com tanta personalidade, a atitude dos pais n�o deve ser de liberalidade absoluta, alerta o educador financeiro Reinaldo Domingos, do instituto Dsop. “Antigamente, criar um filho era menos custoso. N�o existiam tantas escolas privadas e a publicidade n�o era t�o agressiva. Hoje, o cen�rio mudou e s�o necess�rios alguns cuidados. A crian�a consome, em m�dia, um ter�o do or�amento da fam�lia. Se os gastos extras n�o forem colocados na ponta do l�pis, h� risco de desequil�brio”, ensina.

A corretora Josilene Leite admite que muitas vezes � dif�cil negar um brinquedo aos filhos. No entanto, tenta transmitir aos herdeiros a ideia de que eles n�o podem ter acesso a todos os objetos de desejo “Eles aceitam bem, principalmente o mais velho. � comum ele me perguntar se alguma coisa � cara, se podemos comprar”, relata.

"Hoje, a crian�a determina a op��o da fam�lia, seja no varejo, no restaurante ou na viagem”
Alexandre Ayres, consultor de varejo


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