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Estado de Minas

Presidente do BC v� espa�o para juro cair

Tombini avalia que Selic pode manter queda e sinaliza redu��o de 0,5 ponto no fim do m�s


postado em 17/11/2011 06:00 / atualizado em 17/11/2011 06:32

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nessa quarta-feira que a institui��o estava certa ao come�ar a reduzir os juros em agosto quando recebeu uma enxurrada de cr�tica porque a crise era mais profunda do que o visto pelos analistas. E falou que ainda h� espa�o para quedas de 0,5 ponto percentual e, mesmo assim, alcan�ar a meta de 4,5% para o �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) no ano que vem.

A fala do presidente do BC ocorre no momento em que crescem as apostas no mercado financeiro de cortes maiores nos juros na �ltima reuni�o do Copom neste ano, que acontecer� no final do m�s. A avalia��o � que diante do risco de desacelera��o mais forte da economia em fun��o do agravamento da crise nos pa�ses da Zona do Euro redu��es nos juros s�o o principal instrumento do governo para tentar reverter o quadro e, portanto, o BC poderia ousar mais.

No discurso, Tombini rebateu ainda os ataques feitos � sua atua��o no comando da institui��o. Ao surpreender o mercado e iniciar o processo de redu��o dos juros em agosto, a equipe de diretores do BC que integram o Copom foi acusada de estar correndo riscos excessivos e de aceitar mais infla��o para n�o prejudicar o crescimento, o que foge � principal miss�o do regime de metas de infla��o, que � controlar o ritmo de subida dos pre�os na economia.

Primeiro, Tombini destacou que manter a infla��o em patamar baixo � uma demanda da sociedade e principal miss�o do BC. Para isso, disse que conta com gente capacitada, “recursos tecnol�gicos de vanguarda” e um conjunto de informa��es econ�micas que lhes permite fazer “uma an�lise profunda, tempestiva, completa e precisa da economia e ter proje��es qualificadas das tend�ncias do conjunto de vari�veis relevantes”.

Segundo Tombini, isso faz com que o BC possa reagir “prontamente a cada mudan�a significativa no cen�rio econ�mico”, mas nem sempre a atua��o � compreendida e aceita imediatamente. “Portanto, dado o car�ter pr�-ativo das a��es do Banco Central, �s vezes � preciso tempo para que os cen�rios fiquem mais claros e corroborem as decis�es tempestivas adotadas pela autoridade monet�ria.” Tombini destacou que isso aconteceu no in�cio do ano, quando o BC subiu os juros para equilibrar o crescimento da demanda por bens e servi�os com a produ��o da ind�stria e, tamb�m, quando disse que a infla��o teria o pico no terceiro trimestre do ano e, s� ent�o, come�aria a cair fortemente at� o segundo trimestre de 2012. “Cen�rio que come�a a se materializar com a divulga��o do IPCA relativo ao m�s de outubro”, destacou.

Na avalia��o do presidente do BC, a situa��o est� se repetindo agora, quando, “devido � r�pida e substancial deteriora��o do cen�rio internacional, mas sem a observ�ncia de eventos extremos, o Banco Central iniciou ciclo de flexibiliza��o monet�ria para contrabalan�ar os efeitos contracionistas adicionais da crise externa, por si mesmos desinflacion�rios”. Por fim, comemorou: “� medida que novas informa��es s�o divulgadas, observa-se a confirma��o do cen�rio antecipado por esta Casa”.

Empr�stimos E um novo sinal de que a economia brasileira enfrenta um processo de desacelera��o veio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). O presidente do banco, Luciano Coutinho admitiu nessa quarta-feira que o volume de empr�stimos para investimentos foi reduzido com o agravamento da crise econ�mica internacional. Sem falar em percentuais, Coutinho disse que a demanda por empr�stimos caiu de maneira modesta. “Uma parte da queda foi programada. N�s fizemos deliberadamente um incentivo para que as empresas buscassem mais o setor banc�rio privado e o mercado. Mas uma outra parte, ainda que modesta, tem a ver com um pouco de cautela nos �ltimos meses em fun��o do agravamento da crise na Europa”, afirmou.

Coutinho admitiu que a crise, talvez, tenha contribu�do para um desaquecimento al�m do que se imaginava no terceiro trimestre e possivelmente neste quarto trimestre. “Se o desaquecimento for maior, no entanto, o nosso entendimento � que o ministro da Fazendo e o presidente do Banco Central tomar�o as medidas de reest�mulo da economia brasileira”, afirmou.

 

Expectativa piora

 

A crise bateu � porta e entrou. Segundo pesquisa da Funda��o Getulio Vargas (FGV) em parceria com o instituto alem�o Ifo, o �ndice de Clima Econ�mico (ICE) recuou de 5,6 para 4,4 pontos na Am�rica Latina, entre julho e outubro deste ano, fruto das incertezas do cen�rio econ�mico mundial. Com rela��o ao Brasil n�o foi diferente. O pa�s obteve a pior avalia��o desde 2009. O ICE do Brasil foi de 4,8 pontos no m�s passado, o menor desde janeiro de 2009, quando a medi��o resultou em 3,9 pontos. O ICE � o indicador-s�ntese da Sondagem Econ�mica da Am�rica Latina, pesquisa trimestral calculada numa escala que vai at� 9 pontos.

De acordo com o estudo, a piora no clima econ�mico na Am�rica Latina acontece ap�s a regi�o permanecer na fase de "boom" entre junho de 2010 e julho de 2011.Apesar da queda, o n�vel superior a 5 pontos indica uma avalia��o ainda favor�vel a respeito do momento presente. J� o �ndice de Expectativas (IE) sinaliza pessimismo em rela��o aos pr�ximos meses, disse a FGV.

Com exce��o do Peru, que apresentou aumento de 6,1 para 6,2 pontos, Bol�via, Chile, M�xico e Venezuela registraram �ndice de clima "desfavor�vel", abaixo de 5 pontos. As expectativas em todos os pa�ses, segundo a Funda��o, se deterioraram. Segundo o estudo, o Brasil perdeu uma posi��o no ranking que compara o desempenho da m�dia dos �ltimos quatro trimestres, passando da s�tima para a oitava posi��o. 


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