Os principais �ndices das bolsas europeias, norte-americanas e brasileira fecharam em queda nessa quinta-feira, com temores diante do risco da piora na crise da d�vida na Zona do Euro, ap�s os yields (retornos ao investidor) dos b�nus do governo da Espanha atingirem as m�ximas da era do euro e depois de alertas de risco de cont�gio dos bancos dos Estados Unidos caso a crise da Europa se agrave. A Espanha colocou � venda 3,562 bilh�es de euros (R$ 8,5 bilh�es) em t�tulos com vencimento em 10 anos, e os juros podem subir a 7,088%, os mais altos desde 1997. Depois do leil�o, o risco-pa�s da Espanha se aproximava dos 500 pontos, seu n�vel mais alto desde a cria��o do euro. A ag�ncia de risco Fitch avaliou que o fato de os maiores bancos dos EUA estarem expostos em US$ 50 bilh�es de t�tulos de mercados europeus os coloca em risco de cont�gio.
O �ndice pan-europeu Stoxx 600, o principal da Europa, fechou em queda de 1,35%, com baixas na Bolsa de Frankfurt (-1,07), Paris (-1,58%), Londres (-1,56%), Madri (-0,40%) e Lisboa (-0,81%). Os principais �ndices do mercado acion�rio norte-americano recuaram, em mais um dia de baixo giro financeiro. O �ndice Dow Jones, refer�ncia da Bolsa de Nova York, recuou 1,58%. O term�metro de tecnologia Nasdaq caiu 1,73%. No Brasil, nem mesmo a eleva��o da nota de risco do pa�s pela Standart&Poors impediu o cont�gio da crise europ�ia. O Ibovespa fechou em queda de 2,68%. No m�s, acumula perda de 2,31% e, no ano, retra��o de 17,77%.
Os temores de que a crise da zona do euro se alastre para economias consideradas mais protegidas de problemas est�o crescendo. O spread da rentabilidade dos t�tulos de dez anos do governo franc�s sobre seus equivalentes alem�es se ampliou para sua m�xima desde a cria��o do euro. Mais cedo, a Moody's cortou os ratings de v�rios bancos do setor p�blico alem�o, citando uma menor probabilidade de haver suporte externo em caso de necessidade.
Rigor e protestos O novo premi� italiano, Mario Monti, prometeu nesa quinta-feira, em seu primeiro discurso no Senado, que aplicar� um programa baseado em “rigor, crescimento e equidade” e advertiu que “o futuro do euro depende tamb�m do que a It�lia fizer”. Segundo ele, a “Europa enfrenta seu momento mais dif�cil desde a 2ª Guerra Mundial”, ecoando as declara��es da chanceler alem�, Angela Merkel, feitas nesta semana. Monti deixou claro que o principal problema da It�lia � sua falta de capacidade para demonstrar seu potencial de crescimento aos mercados, o que gera grande desconfian�a em rela��o ao pa�s.
Mas, enquanto Monti discursava mais cedo, protestos come�avam nas ruas em Roma, Mil�o, Turim, Floren�a e Palermo. Segundo uma central do movimento estudantil, as manifesta��es reuniram 150 mil pessoas em 70 cidades italianas. As maiores manifesta��es ocorreram em Roma, com 15 mil, em N�poles, com 20 mil, e nas cidades do Norte. Na Gr�cia, a pol�cia grega lan�ou g�s lacrimog�neo contra jovens manifestantes, enquanto milhares de pessoas tomavam as ruas de Atenas para lembrar o levante estudantil de 1973 contra a ditadura militar (1967-1974) e protestar contra as medidas de austeridade do governo.