As a��es ordin�rias da Usiminas ganharam destaque positivo no preg�o de ontem na bolsa de valores, depois de confirmado o ingresso da sider�rgica argentina Ternium, do grupo Techint, na disputa por fatias do controle da empresa de Ipatinga, no Vale do A�o mineiro. A valoriza��o dos pap�is foi tamb�m influenciada pelo fato relevante que a Nippon Usiminas, maior acionista da companhia, divulgou informando estar ciente da investida da concorrente latina. As a��es ordin�rias fecharam o dia negociadas a R$ 22,86, uma alta de 1,28%, e as preferenciais se valorizaram 0,50%, a R$ 11,98, na contram�o da perda do Ibovespa, �ndice das a��es mais negociadas, de 0,45%. No in�cio da noite, a Caixa de Empregados da Usiminas e a Mitsubishi Corporation do Brasil comunicaram haver negocia��es com os s�cios, embora destacando que n�o houve qualquer acordo.
A movimenta��o dos acionistas foi entendida como um demonstra��o de que existem obst�culos � rival Companhia Sider�rgica Nacional (CSN) na tentativa de entrar no bloco controlador da Usiminas; mais que isso, a sider�rgica mineira sairia favorecida com a oferta da Ternium, em lugar da companhia comandada por Benjamin Steinbruch. A empresa argentina, que j� teve a pr�pria Usiminas como acionista minorit�ria em 16%, confirmou que est� negociando com os membros do grupo de controle, mas destacou que n�o h� decis�o final sobre a potencial transa��o. Ela se prop�e a comprar 26�s a��es pertencentes aos s�cios Camargo Corr�a e Votorantim.
Quem entendeu o comunicado da Nippon como um aval � sider�rgica argentina, no entanto, estaria se precipitando. Pedro Galdi, analista chefe da SLW Corretora, considera que a japonesa Nippon Steel tem caixa suficiente para exercer o direito e o privil�gio de aumentar sua participa��o, caso um dos acionistas do bloco de controle queira vender sua fatia. Ele insiste em que n�o faz sentido a Nippon deixar de exercer o direito sobre essa parcela de capital justo na hora em que estaria pronta para obter o retorno dos investimentos em transfer�ncia de tecnologia que fez na Usiminas.
Mais fuma�a “H� muita fuma�a e pouco fogo nas informa��es sobre essas negocia��es. N�o consigo enxergar uma Nippon que vai entregar o ouro para o bandido, no momento de come�ar a colher o retorno dos investimentos que fez”, afirma Galdi. Com recursos e transfer�ncia de tecnologia por meio dos s�cios japoneses, a Usiminas desenvolveu a�o especial destinado ao setor de �leo e g�s e inaugurou este ano uma nova linha de a�os resistentes e de qualidade superior para atender as ind�strias automotiva e de produtos da linha branca. A Nippon Usiminas det�m 23,74% das a��es ordin�rias da Usiminas.
O presidente da sider�rgica mineira, Wilson Brumer, disse, ontem, que os planos da sider�rgica incluem elevar sua participa��o na ind�stria de �leo e g�s e no segmento da constru��o civil. O executivo n�o fez coment�rios sobre os novos lances envolvendo a venda de a��es da Usiminas. “� uma discuss�o entre acionistas controladores. Aquilo que a Usiminas, neste momento, podia e pode falar, n�s liberamos por meio de fatos relevantes”, disse.
Brumer afirmou que a companhia tomou decis�o acertada ao vender por US$ 1 bilh�o a participa��o que detinha na Ternium. A opera��o foi conclu�da no in�cio deste ano. De acordo com o executivo, n�o fazia sentido para a Usiminas ter uma participa��o minorit�ria na empresa, quando havia um grande programa de investimentos a cumprir.