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Estado de Minas

Governo se rende e reduz a previs�o de crescimento


postado em 19/11/2011 06:00 / atualizado em 18/11/2011 23:53

Um dia depois de o Banco Central (BC) divulgar que atividade econ�mica no Brasil registrou queda de 0,32% no terceiro trimestre pelo IBC-BR – �ndice considerado a pr�via do desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) –, o governo se rendeu e reduziu oficialmente a previs�o de crescimento este ano de 4,5% para 3,8%. A justificativa � a deteriora��o do cen�rio externo e a enxurrada de importa��es, segundo o relat�rio de receitas e despesas do 5º bimestre, divulgado ontem pelo Minist�rio do Planejamento. Analistas n�o apostam em duas retra��es consecutivas do desempenho econ�mico neste ano, o que poderia configurar recess�o t�cnica. Mas � unanimidade que o arrefecimento � uma tend�ncia.

Para Rafael Bacciotti, analista da consultoria Tend�ncias, o PIB do terceiro trimestre fechar� em 0,3%; e o seguinte, em 0,4%. “Acreditamos em acelera��o puxada pelo consumo das fam�lias, que tem cen�rio positivo de ocupa��o e renda, al�m de investimentos. A atividade industrial est� est�vel e a performance de servi�os � razo�vel”, explicou. A estimativa � de que o PIB feche 2011 com expans�o de 3,3%, diante da proje��o inicial (mar�o) de 3,9%. A revis�o, disse Bacciotti, deve-se � ind�stria de transforma��o, afetada pelo aumento das importa��es.


Miguel Daoud, s�cio-diretor da Global Financial Advisor, destaca que “a desacelera��o da economia � uma tend�ncia, mas a queda n�o deve ser grande, uma vez que o governo revisou estrat�gias de cr�dito que anteriormente tomou para controle inflacion�rio”. Ele ponderou que IBC-BR mede a oferta (agropecu�ria, ind�stria, servi�os e impostos), mas no c�lculo do PIB tamb�m entra o lado da demanda (gastos do governo e das fam�lias e investimentos). “Olhando o conjunto, a produ��o interna foi substitu�da pelas importa��es, o que n�o quer dizer que emprego e renda foram atingidos”, afirmou.


O recuo do terceiro trimestre do IBC-Br foi o primeiro em bases trimestrais registrada pelo indicador desde o primeiro trimestre de 2009, quando a economia sentia fortemente o reflexo da quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008.

An�lise da not�cia: Saldo positivo, ainda

Marc�lio de Moraes

A redu��o no saldo de empregos formais em outubro � um sinal de que a crise j� chegou ao Brasil. Mas, mesmo com a queda, o fato de o pa�s ainda criar mais postos de trabalho do que cortar vagas mostra que o Brasil pode ser menos afetado do que outras economias. Para isso, no entanto, � preciso a��es do governo para defender a ind�stria nacional, que h� v�rios meses alerta para o fato de o pa�s caminhar para a desindustrializa��o e encara esse processo sozinha. Gerar menos empregos � muito mais positivo do que conviver com desemprego em alta, como nos pa�ses da Europa. Mas, com a ind�stria brasileira isolada e enfraquecida, rapidamente o pa�s pode come�ar a fechar postos de trabalho. 


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