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Estado de Minas

Boca a boca impulsiona mercado de microsseguros no pa�s


postado em 19/11/2011 10:47

Esse tipo de propaganda � apontado como um dos principais respons�veis pela venda, no per�odo de um ano, de 1,7 mil microsseguros de vida pelo Banco Palmas, institui��o financeira comunit�ria que funciona em um conjunto habitacional de Fortaleza onde vivem 30 mil pessoas. Uma das primeiras experi�ncias de venda desse tipo de seguro (voltado para pessoas de baixa renda), o banco do Conjunto Palmeira � considerado um sucesso no pa�s e foi apresentado na 7ª Confer�ncia Internacional de Microsseguros, realizada na semana passada na capital fluminense.

De acordo com o diretor do banco, Jo�o Joaquim Melo, que opera o projeto junto com a seguradora multinacional Zurich, a marca de 1,7 mil microsseguros pode parecer pequena, mas significa que 5% dos moradores de Palmeira compraram uma das duas modalidades de seguro dispon�veis. A mais cara, de R$ 35, oferece cobertura de R$ 3 mil, assist�ncia funeral de R$ 1 mil, al�m de um plano de capitaliza��o mensal de R$ 5 mil. A outra, que foi lan�ada em outubro e j� vendeu cerca de 700 ap�lices por R$10, d� direito a indeniza��o de R$ 300 e funeral de at� R$ 700.

A aposentada Maria Pereira, de 65 anos, est� entre os que adquiriram o microsseguro de R$ 35. Ela ficou sabendo do produto pela nora e se convenceu de que era uma forma de deixar tudo pronto "no caso da partida". "N�o quero que eles [fam�lia] se

preocupem comigo. � melhor deixar tudo arrumadinho", disse a precavida aposentada. J� a vendedora Liliane Gomes Vieira, de 23 anos, que comprou o seguro de R$ 10, incentivada por uma corretora, revelou preocupa��o com os tr�s filhos. "Se me acontecer algo, minha m�e tem uma ajuda inicial para cuidar deles", declarou.

Explicar o que � o microsseguro para os moradores � um dos principais desafios dos corretores, diz Joaquim Melo. � preciso convencer as fam�lias aos poucos: "as pessoas n�o t�m o h�bito. O pobre tem medo, acha que vai morrer e algu�m ficar� com o dinheiro dele." Com a "desmistifica��o" e a rec�m-conclu�da informatiza��o da emiss�o das ap�lices para os segurados de 15 bancos comunit�rios parceiros, Melo estima que as vendas do seguro aumentem em 2012, podendo chegar a 10 mil microsseguros no fim do ano que vem.

Parceira do banco comunit�rio, a seguradora Zurich evita fazer uma proje��o, mas tamb�m � otimista em rela��o ao microsseguro. Em Cidade de Deus, comunidade de 50 mil habitantes na capital fluminense, onde a parceria com o Palmas come�ou recentemente, o gerente comercial da multinacional, Felipe Crist�v�o, fala em "um n�mero satisfat�rio", se as vendas crescerem na mesma propor��o que em Fortaleza. "Em Palmeira, com 30 mil, pessoas s�o 250 seguros por m�s", diz.

A diretora executiva da Confedera��o Nacional das Empresas de Seguro (CNseg), Solange Beatriz Mendes, confirma que o mercado de microsseguro est� em expans�o com a melhoria da renda das classes C e D, mas refor�a que o boca a boca � indispens�vel. Ao narrar uma experi�ncia na comunidade Santa Marta, no Rio, que envolveu 17 seguradoras e um estrat�gia de conscientiza��o, conta que a procura aumentou depois de uma pessoa da comunidade receber uma ap�lice.

"Lamentavelmente, houve um sinistro nessa comunidade e o fato de o benefici�rio ter recebido a indeniza��o motivou v�rias pessoas a procurarem o produto", acrescenta Solange Beatriz. Para ela, assim como ocorre com qualquer outro produto, � preciso enfrentar a falta de conhecimento do p�blico.


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