O d�ficit menor do que as proje��es do Banco Central (BC) para as transa��es correntes em outubro se deve a um saldo mais robusto do que o previsto da balan�a comercial e a um volume menor de remessas l�quidas de lucros e dividendos no per�odo, segundo explicou hoje o chefe-adjunto do Departamento Econ�mico do Banco Central, Fernando Rocha. A autoridade monet�ria contava com um d�ficit de US$ 4,8 bilh�es em outubro e o resultado efetivo foi de US$ 3,109 bilh�es.
"A balan�a, nos �ltimos seis dias de outubro, concentrou aproximadamente 80% do super�vit do m�s", disse Rocha, acrescentando que o saldo do per�odo foi de cerca de US$ 1,7 bilh�o. "Al�m disso, as remessas de lucros apresentaram desempenho menor, sem a acelera��o que costuma ocorrer todo final de m�s", continuou. Ele salientou que, desde maio, o d�ficit em conta corrente tem crescido menos.
Mais cedo, o BC divulgou que o Brasil teve em outubro d�ficit de US$ 3,109 bilh�es nas contas correntes. No m�s, a balan�a comercial registrou super�vit de US$ 2,355 bilh�es, enquanto a conta de servi�os revelou um d�ficit de US$ 3,418 bilh�es, e a de rendas ficou negativa em US$ 2,302 bilh�es. As transfer�ncias unilaterais registraram um saldo l�quido de US$ 256 milh�es.
De acordo com Rocha, o saldo negativo mant�m-se financiado pelo Investimento Estrangeiro Direto (IED). "Os fluxos de IED em outubro, de US$ 5,6 bilh�es, foram tamb�m melhores do que previstos pelo Banco Central", considerou, lembrando que a autoridade monet�ria contava com um saldo de US$ 4 bilh�es para o per�odo.
A raz�o principal da diferen�a entre a expectativa e o resultado efetivo foi, segundo Rocha, a estimativa de um desinvestimento, que acabou n�o ocorrendo naquele m�s, mas que deve ser realizado nos pr�ximos meses. Ele n�o quis comentar sobre a empresa ou o setor que estaria por tr�s dessa opera��o.
Rocha ainda estimou que o IED deve fechar o m�s de novembro em US$ 4 bilh�es. "Em novembro, temos valor acumulado no m�s, at� o dia 22, de US$ 2,8 bilh�es", informou. Se a proje��o do BC estiver correta, conforme Rocha, haver� aumento em rela��o ao mesmo m�s do ano passado, pois em novembro de 2010 o saldo foi de UD$ 2,7 bilh�es.