Os l�deres de Alemanha, Fran�a e It�lia realizar�o na quinta-feira uma reuni�o na qual o chefe de governo italiano, Mario Monti, tentar� garantir os esfor�os de seu pa�s para frear o cont�gio da crise da d�vida na Eurozona.
O presidente franc�s Nicolas Sarkozy receber� em Estrasburgo a chanceler alem�, Angela Merkel, e Mario Monti com o objetivo de acelerar a aplica��o do plano de resgate da Eurozona para tranquilizar os mercados e evitar que a crise na It�lia e Espanha se espalhe para toda a Europa.
Os tr�s v�o examinar a possibilidade de refor�ar o papel do Banco Central Europeu (BCE), o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e a eventual cria��o de eurob�nus.
Apesar das crescentes press�es, a Alemanha ainda se nega a aceitar que o BCE aumente a compra de d�vidas de pa�ses pressionados pelos mercados. Para Sarkozy, tamb�m est� em jogo a classifica��o AAA, nota da d�vida francesa, cinco meses antes das elei��es presidenciais.
A ag�ncia Fitch afirmou nesta quarta-feira que a classifica��o da Fran�a, a melhor poss�vel, pode correr risco caso a crise da d�vida na Eurozona se agrave. Para a Alemanha, a primeira pot�ncia econ�mica da Uni�o Europeia (UE), manter o crescimento de sua economia tamb�m depende de seus dois vizinhos, que s�o seus principais parceiros comerciais.
Al�m disso, Berlim obteve demanda de pouco mais da metade das obriga��es que ofertou nesta quarta-feira, num total de 3,6 bilh�es de euros captados contra 6 bilh�es ofertados na forma de t�tulos. A Ag�ncia Nacional da D�vida considerou que o leil�o "refletiu o nervosismo do mercado".
O primeiro-ministro franc�s, Fran�ois Fillon, classificou o encontro de Estrasburgo como de "suma import�ncia", enquanto Monti relativizou: "� uma reuni�o muito informal, uma reuni�o de trabalho" que n�o � da "ordem do dia", declarou o chefe do governo italiano.
O ex-vice-presidente da Comiss�o Europeia prefere tratar estes temas a n�vel "comunit�rio" e n�o apenas na dupla Fran�a-Alemanha, mesmo quando esta inclui Roma. Irritado, o vice-governador do Banco Central da It�lia, Fabrizio Saccomanni, chamou Berlim e Paris de "pequeno diret�rio".
Na ter�a-feira, Monti, que realizou em Bruxelas sua primeira visita ao exterior desde sua nomea��o � frente do Governo italiano, exprimiu-se vagamente sobre a capacidade de seu pa�s de cumprir o objetivo de equilibrar as contas p�blicas at� 2013 em um contexto de degrada��o do clima econ�mico mundial.
Monti afirmou que seu governo respeitar� os compromissos gerais adotados em mat�ria de finan�as p�blicas. Contudo, em rela��o � meta de 2013, "ainda n�o discutimos especificamente o caso da It�lia, e sim apenas a situa��o geral da UE", disse ap�s a reuni�o em Bruxelas com o presidente da Comiss�o Europeia, Jos� Manuel Dur�o Barroso.